Não repita comportamentos: tenha coragem de ser autêntico

Fabiano F.

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Sua maneira de pensar, falar e agir são escolhas suas ou simplesmente a repetição de padrões dos outros? Suas opiniões, visão de mundo e atitudes são genuínas ou seguem um modelo do qual às vezes você até discorda, mas continua reproduzindo? 

Chega um momento na vida em que precisamos nos “passar a limpo” e fazer uma análise profunda dos nossos comportamentos e do quanto eles têm influenciado os resultados em todas as áreas da vida. 

Na primeira infância, somos educados e moldados de acordo com a educação e valores dos pais e professores. Na adolescência acrescentamos as influências dos amigos e de diferentes esferas sociais. E no início da vida adulta começamos a experimentar a liberdade de nossas decisões; porém fortes influências sociais, políticas e religiosas continuam a nos reger. 

Conforme amadurecemos, percebemos que a vida tem demandas que exigem de nós muito mais do que imaginamos. Não basta só “fazer como o fulano fazia”. Nesses momentos de percepção, se não nos abrirmos para o autoconhecimento e a autorresponsabilidade, facilmente caímos na armadilha de reproduzir padrões, muitos deles cheios de crenças limitantes. 

Quando falo da necessidade de “nos passar a limpo” não significa abandonar valores e princípios importantes que nos construíram e nos trouxeram até aqui. O que quero dizer é que em determinada fase a gente finalmente percebe que há comportamentos que já não funcionam mais e não fazem sentido em nosso modelo de vida atual. 

Preste atenção como muitas vezes reproduzimos atitudes de rigidez, acusação e julgamento, por exemplo. Em uma análise sincera e profunda, detectamos que em algum momento copiamos e vivenciamos estes comportamentos com pais, professores, amigos, chefes e até pessoas com quem nos relacionamos afetivamente. Mas daí surge a pergunta: por que reproduzimos alguns padrões mesmo sabendo que eles não são saudáveis? 

Entre tantas interpretações, uma se destaca: a influência dos outros sobre nós é muito mais forte do que imaginamos. Infelizmente, muitos de nós fomos educados na base do medo, da falta, da pressão e até Deus foi usado como instrumento de ameaça. Essas referências acabaram tendo um peso gigante, instalaram-se em nosso inconsciente e, quando menos nos damos conta, agimos exatamente do jeito que discordamos. 

Um bom caminho é começar a prestar atenção no tipo de discurso que usamos e na maneira como reagimos a acontecimentos do dia a dia, dos mais corriqueiros àqueles que abalam nossa estrutura emocional. Questione-se: o que é realmente seu e o que é dos outros? Passe a olhar seus comportamentos com uma visão mais aguçada. Abra-se para novas perspectivas, aprenda a reeditar o filme da sua vida todos os dias. Opte por caminhos alternativos, experimente agir diferente em determinadas situações e acesse outras visões de mundo. 

Lembre-se sempre: você não é seus pais, você não é seu chefe, você não é a sociedade. Você é você e ponto. Isso por si só lhe dá o direito de construir seus próprios pensamentos, redefinir seus valores, adotar novas ações e viver plenamente aquilo que você acredita. Não desperdice seus dias tentando seguir o quê já não combina mais com você. Pare de repetir padrões, seja você.

Fabiano F. é jornalista e autor de livros de autodesenvolvimento, como o “Enfrente”, de onde este texto foi extraído. Email: fabianoescritor@gmail.com

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V12 - 2019 | Nº 78
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