O presidente Joe Biden disse, ontem (05), que os EUA começariam imediatamente a rejeitar cubanos, haitianos e nicaraguenses que cruzam a fronteira do México ilegalmente, essa é sua ação mais ousada até agora para enfrentar a chegada de imigrantes que aumentaram desde sua vitória ao cargo há dois anos.
As novas regras que começaram em outubro do ano passado, levando a uma queda dramática no número de venezuelanos que chegam à fronteira sul ampliam um esforço existente para impedir a entrada de imigrantes de outras nacionalidades. Essa atitude do governo Biden representa uma grande mudança nas regras de imigração que permanecerão, mesmo se a Suprema Corte encerrar uma lei de saúde pública da era Trump que permite as autoridades dos EUA rejeitarem os requerentes de asilo.
“Não, não apareça na fronteira sul. Fique onde está e inscreva-se legalmente a partir daí”, disse Biden ao anunciar as mudanças, mesmo reconhecendo as dificuldades que levam muitas famílias a fazer a perigosa jornada para o norte.
Biden fez o anúncio poucos dias antes de uma visita planejada no próximo domingo (08), a El Paso, Texas, sua primeira viagem à fronteira sul como presidente. De lá, ele seguirá para a Cidade do México para se reunir com líderes norte-americanos na segunda e terça-feira.
Funcionários do Departamento de Segurança Interna disseram que começariam a negar asilo àqueles que contornam os caminhos legais e não pedem primeiro asilo no país pelo qual viajaram a caminho dos EUA.
Em vez disso, os EUA aceitarão 30.000 pessoas por mês das quatro nações por dois anos e oferecerão a capacidade de trabalhar legalmente, desde que venham legalmente, tenham patrocinadores qualificados e passem na verificação de antecedentes. As passagens de fronteira por migrantes dessas quatro nações aumentaram acentuadamente, sem uma maneira fácil de devolvê-los rapidamente a seus países de origem.
“Este novo processo é ordenado, seguro, humano e funciona”, disse Biden. A medida, embora não inesperada, atraiu críticas rápidas de defensores do asilo e da imigração, que tiveram um relacionamento conturbado com o presidente.