As Universidades dos Estados Unidos enviaram comunicados a estudantes e autoridades internacionais recomendando que retornem ao país antes da posse do presidente eleito Donald Trump, prevista para janeiro, devido a preocupações com possíveis deportações em massa prometidas por sua administração.
Trump, do Partido Republicano, prometeu realizar uma grande operação de deportação da história, envolvendo até mesmo o uso das Forças Armadas para auxiliar no processo. Segundo o Portal de Imigração do Ensino Superior, mais de 400 mil estudantes indocumentados estão matriculados no ensino superior dos EUA.
Autoridades ligadas ao novo governo indicaram planos para construir grandes centros de detenção para imigrantes indocumentados que constam da lista de deportação. Tom Homan, futuro encarregado da fronteira, afirmou que crimes violentos e ameaças à segurança nacional terão prioridade na remoção do país. No entanto, as declarações não têm tranquilizado o sector educacional.
Recentemente, a Universidade de Massachusetts emitiu um aviso de viagem para estudantes e professores internacionais, recomendando que “Considerem fortemente” o retorno ao campus após o recesso de inverno anterior à posse de Trump, marcado para 20 de janeiro.
“Com base em experiências anteriores com restrições de viagens inventadas durante a primeira administração Trump em 2016, o Escritório de Assuntos Globais está emitindo este aviso por precaução”, declarou a universidade.
Durante sua primeira semana no cargo, em 2017, Trump assinou uma ordem executiva proibindo a entrada de cidadãos de países predominantemente muçulmanos, além da Venezuela e Coreia do Norte, nos EUA. No mesmo período, ele também solicitou algumas restrições a vistos de estudantes.
Instituições como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade Wesleyan também emitiram alertas, incentivando estudantes e funcionários a retornarem ao país antes do dia da posse.