George Santos, ex-congressista republicano, enfrentará alguns anos de prisão depois de se declarar acusado de duas acusações federais de fraude. Santos, 36 anos, compareceu hoje (19) ao tribunal em Central Islip, Nova York, e confessou os crimes de fraude eletrônica e roubo de identidade. O ex-deputado federal roubou identidades de funcionários de campanha e fez uso indevido de fundos de campanha.
O juiz estimou uma pena de seis a oito anos pelas acusações que ele admitiu. A sua confissão de culpa fortalece a queda do novoto político de Nova Iorque, que foi expulsa do Congresso no ano passado, após um mandato breve e repleto de escândalos.
“Lamento profundamente minha conduta e os danos que ela feriu e aceita a total responsabilidade por minhas ações”, disse Santos em comunicado lido ao tribunal. Isso reverte sua negação das acusações no ano passado, incluindo ao Congresso mentir sobre suas finanças e usar contribuições de campanha para despesas pessoais.
Um acordo de confissão exige que Santos faça a restituição de pelo menos US$ 374 mil. A acusação de roubo de identidade agravada acarreta uma pena de prisão obrigatória de dois anos que deve ser cumprida consecutivamente com qualquer sentença pela acusação de fraude eletrônica.
Na Justiça, Santos admitiu ter cometido furto e pedido de seguro-desemprego que não tinha direito. Ele também teve falas falsas e omissões nas projeções financeiras submetidas ao Comitê de Ética da Câmara e à Comissão Eleitoral Federal (FEC).
O ex-deputado foi acusado de 23 crimes federais, incluindo fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e uso indevido de fundos de campanha.
Em dezembro do ano passado, tornou-se o primeiro membro do Congresso a ser expulso em mais de 20 anos, e apenas o sexto na história. Sua breve gestão no cargo foi marcada por diversas polêmicas, mentiras e denúncias de fraude.