Depois de uma triagem acelerada na fronteira, os Estados Unidos podem rejeitar famílias não qualificadas para asilo. O governo Biden anunciou esta semana que começaria a remover rapidamente as famílias de imigrantes que os funcionários da imigração determinarem que não se qualificam para asilo, após uma triagem inicial na fronteira sudoeste.

A política, conhecida como remoção acelerada, é um retorno a uma medida que tem sido usada pelos governos democrata e republicano para impedir a imigração não autorizada. Os oficiais de asilo entrevistam famílias em um processo de triagem acelerado para determinar se eles têm um “medo confiável de perseguição”.

O governo Biden tem lutado para lidar com um fluxo de chegadas não autorizadas, que mostra poucos sinais de diminuir. “A remoção acelerada fornece um procedimento legal e mais acelerado para remover as unidades familiares que não encontram base na lei dos EUA para estar nos Estados Unidos”, informou o Departamento de Segurança Interna em um comunicado.

Sob uma ordem de emergência emitida pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças durante a pandemia do coronavírus, o governo Biden tem autoridade para expulsar para o México qualquer migrante que apareça na fronteira sem visto.

Mas o governo de alguns estados fronteiriços mexicanos se recusou a aceitar famílias com filhos pequenos ou que tenham viajado de países fora da América Central, como Brasil, Equador, Índia e Venezuela.

Contrabandistas humanos nos últimos meses encaminharam dezenas de milhares de famílias para o Vale do Rio Grande, no Texas, e para partes do Arizona e da Califórnia – lugares onde eles sabem que as famílias serão admitidas – porque estados mexicanos como Tamaulipas e Baja California não as estão aceitando de volta.

Os detalhes de como a remoção acelerada será realizada não estavam disponíveis imediatamente, mas poderiam ser aplicados a certas cortes de famílias, dependendo de seu país de origem ou da idade das crianças, ou ao longo de apenas alguns trechos da fronteira.