O ano passado (2019) foi o segundo mais quente já registrado, pesquisadores do governo confirmaram, ontem (15), segundo análises de dados de temperatura de milhares de estações de observação em todo o mundo. Eles disseram que 2019 foi apenas um pouco mais frio que 2016, e o ​​final da década mais quente de todos os tempos.

As análises independentes realizadas por pesquisadores da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, juntamente com a Administração Nacional Oceanográfica e Atmosférica, mostraram que as temperaturas médias globais da superfície no ano passado foram de quase 1 grau Celsius (1,8 graus Fahrenheit) acima da média de 1951 a 1980.

As temperaturas em 2019 foram apenas uma pequena fração de grau Celsius mais baixa que em 2016, um ano em que um forte El Niño trouxe muito calor do Oceano Pacífico para a atmosfera.

Os resultados são parecidos com os de uma análise separada divulgada na semana passada por uma agência climática europeia – uma baseada mais em modelagem computacional do que em dados observacionais de 2019 – e foram ainda mais evidências do incansável aquecimento do planeta, causado em grande parte pelas emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis.

As tendências de aquecimento “são claras e inequívocas”, disse Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, que conduziu a análise da NASA. “O registro de temperatura da superfície nos diz que a última década foi 1 grau maior do que o final do século 19, e sabemos que isso foi impulsionado pelas atividades humanas”.

Seis dos anos mais quentes registrados ocorreram na última década, e os cinco mais quentes ocorreram nos últimos cinco anos, mostram as pesquisas da NASA e da NOAA.

Apenas algumas partes do mundo – principalmente a região central e norte do Canadá – tiveram condições mais frias. Algumas regiões mostraram aquecimento extremo, com impactos devastadores em alguns casos.