O Presidente eleito Donald J. Trump tornou-se na sexta-feira o primeiro Presidente americano a ser condenado criminalmente.

Ele evitou a prisão ou qualquer outra punição, mas o processo teve importância simbólica: formalizou o status de Trump como um criminoso condenado, tornando-o o primeiro a carregar essa designação ao assumir a presidência.

“Nunca antes este tribunal foi apresentado a um conjunto tão único e notável de circunstâncias. Este foi realmente um caso extraordinário”, disse o Juiz responsável pelo caso, Juan M. Merchan. 

O Juiz então impôs uma chamada dispensa incondicional da sentença de Trump, uma alternativa rara e branda à prisão ou à liberdade condicional. Ao explicar a indulgência, o juiz Merchan reconheceu a iminente posse de Trump em 10 dias.

“Donald Trump, o cidadão comum, Donald Trump, o réu criminal” não teria direito às proteções da presidência, afirmou o juiz Merchan, explicando que apenas o cargo o protege da gravidade do veredicto.

O juiz então desejou a Trump “Boa sorte” e deixou o tribunal. Trump compareceu virtualmente, no centro de Manhattan, cheio de repórteres e funcionários do tribunal. Ele estava em sua propriedade Mar-a-Lago, na Flórida, sentado ao lado de um de seus advogados, em frente a um par de grandes bandeiras americanas.

“Esta foi uma experiência muito terrível”, disse Trump durante a audiência, acrescentando: “A verdade é que sou totalmente inocente”. Reafirmando o que dizia nas eleições, ele declarou que os eleitores “Viram isso em primeira mão”.

A audiência começou com o principal promotor, Joshua Steinglass, recapitulando as “Provas avassaladoras” e dizendo que a acusação havia recomendado que Trump recebesse a chamada dispensa incondicional de sua sentença.