Somente o autoperdão nos leva à verdadeira transformação pessoal

Fabiano F.

autoperdão (1)

Nenhuma transformação pessoal acontece verdadeiramente se não passarmos pelo processo de autoperdão. Perdoar-se é a mais poderosa ferramenta para o crescimento. Não importa em que você errou, quantas vezes errou ou o que fez ou deixou de fazer. O que importa é que você passou pelas experiências e delas obteve resultados. Se foram boas ou não, o que interessa é que você tentou, fez o que pode e com as ferramentas que tinha.

Então agora, mais do que nunca, é preciso olhar para o passado com um olhar conciliador. O que passou, passou. Se você não pode consertar, pode pelo menos se esforçar para não incorrer nos mesmos erros. Para se perdoar, você precisará deixar de lado mágoas e ressentimentos, terá que “baixar a bola” e “descer do salto”. Olhe com compaixão para o passado, não se cobre tanto e pare com a neurose de querer ser perfeito e ter razão. Você tem o direito de se libertar da sensação de culpa. Só assim conseguirá seguir em diante, mais leve e confiante de que tudo agora pode ser diferente.

O perdão se aprende com autoconhecimento e aceitação de que não somos perfeitos. Tomar decisões erradas é parte da construção de nossa história. Culpar-se in[1]finitamente não nos leva a lugar algum. Lembre-se: todo mundo erra, até mesmo aquela pessoa que você tem como modelo e inspiração. Conheço pessoas maravilhosas, de bom caráter e com ações louváveis, mas que carregam em si uma série de culpas. Poderiam estar mais tranquilas e felizes se abandonassem o fardo que trazem com os erros do passado. Leve em consideração que inteligência racional nem sempre resulta em inteligência emocional, o que faz com que mentes brilhantes vivam aprisionadas em seus erros. O ideal seria que junto com a maturidade fosse desenvolvida a capacidade de se perdoar e perceber que o automartírio não nos acrescenta nada.

Autoperdoar-se é fugir da tentação de se vitimizar, pois quem não se perdoa pode ficar repetindo discursos infinitos para justificar seus erros. Seria melhor se perdoar de uma vez, virar a página, seguir adiante e olhar para o futuro. Cada pessoa tem suas razões para ter dificuldades de se perdoar. Mas, em geral, a barreira está na raiva que nutrimos por nós mesmos por ter cometido falhas. E, como se não bastasse, a vergonha gerada ajuda a manter o sentimento negativo. Mas sempre é tempo de rever a maneira como nos tratamos.

Precisamos entender que o autoperdão nos torna mais pacientes com a gente mesmo. Quando nos perdoamos, é como se déssemos trégua ou fizéssemos as pazes com nosso eu, elevando a capacidade de compaixão e compreensão não só por nós, mas também pelos outros. O perdão a si tem a ver com a humildade de reconhecer que você está sujeito a cometer erros, por mais que você se esforce para dar seu melhor. Não espere mais para se auto perdoar. Faça um movimento consciente na busca pela cicatrização de feridas do passado. Além de você próprio ganhar demais com essa atitude, quem convive com você também será imensamente agraciado.

 

Fabiano F. é jornalista e autor de livros de autodesenvolvimento, como o livro “Enfrente”, de onde este texto foi extraído. Email: fabianoescritor@gmail.com

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V12 - 2019 | Nº 78
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