Quando a maternidade vem com termômetro, sono picotado e um mundo de funções

Manoela Maia McGovern

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Essa semana foi intensa aqui em casa. Começou com meu filho mais velho, Daniel, doente — febre, enjoo, aquela carinha de quem só quer colo e conforto. Ele me acordou às quatro da manhã vomitando, mas o que mais me marcou não foi o susto ou o cansaço. Foi ele, com os olhos marejados, me pedindo desculpas por ter me acordado.

Ali, entre lençóis trocados e comportamentos que toda mãe conhece, eu só consegui responder: “Meu amor, você nunca precisa pedir desculpas por isso. Eu amo cuidar de você.” Porque é verdade. Por mais que a rotina vire de cabeça para baixo, por mais que o sono fique picotado, tem algo de sagrado em ser o colo que conforta, o carinho que alivia.

É claro que a vida não para. Entre termômetros e canjas de galinha, eu sigo trabalhando, mas com a cabeça sempre em casa. Paro a cada intervalo para saber como ele está, tento deixar comida pronta, prever o imprevisível. Mãe vira um pouco médica, um pouco nutricionista, um pouco mágica.

E quando eu achava que estávamos saindo dessa… hoje foi o Benjamin quem acordou doentinho. Não foi para a escola. Ainda não sabemos o que é, mas estou aqui, pronta para mais um turno de carinho e chá morno.

A casa muda, o ritmo desacelera, os planos da semana ganham outra ordem. E no meio disso tudo, eu respiro fundo e peço uma coisa simples: que o fim de semana seja tranquilo.

Porque, no fim das contas, mesmo nas semanas difíceis, é um privilégio ser mãe. Mesmo com pijama manchado e cabelo por pentear, é fun to be a mom — só que com um pouco de febre e muita compaixão.