Agentes de imigração dos EUA, usando máscaras, prenderam um acadêmico da Universidade de Georgetown em frente à sua casa na Virgínia. Eles também detiveram dois turistas alemães por semanas quando tentavam entrar legalmente no país pela fronteira sul. Além disso, bateram à porta de apartamentos da Universidade de Columbia em busca de manifestantes pró-Palestina.

A administração Trump iniciou uma nova fase em sua agenda de imigração, que vai além da deportação em massa de imigrantes em situação irregular.

Funcionários da fronteira dos EUA estão adotando táticas mais agressivas, que o Governo chama de “Triagem aprimorada”, nos pontos de entrada do país. Essas medidas levaram aliados dos EUA, como a Alemanha, a atualizar seus avisos de viagem. Ao mesmo tempo, a administração tem como alvo imigrantes legais que expressam opiniões consideradas uma ameaça à segurança nacional e à política externa dos EUA.

As táticas causaram apreensão entre turistas estrangeiros e geraram temor em comunidades imigrantes nos EUA, que alegam estar sendo perseguidas por suas opiniões, e não por violação de leis.

“Seja pelo discurso ou por questões de green card, eles realmente estão levando isso a outro nível”, disse Gil Kerlikowske, Ex-Comissário da Alfândega e Proteção de Fronteiras e Ex-Chefe de polícia em quatro cidades. Comparando com a primeira gestão de Trump, Kerlikowske afirmou que a situação é “Um déjà vu, mas ainda mais intenso”.

O governo defende que as prisões e detenções visam proteger os americanos.

“A administração Trump está fazendo cumprir as leis de imigração – algo que o governo anterior falhou em fazer”, disse Tricia McLaughlin, Porta-Voz do Departamento de Segurança Interna, quando questionada sobre as recentes prisões. “Aqueles que violam essas leis serão processados, detidos e removidos conforme exigido.”