Um tenente da Guarda Costeira e autodenominado nacionalista branco que foi preso em Maryland na semana passada estava planejando matar uma longa lista de jornalistas proeminentes e políticos democratas, bem como professores, juízes e o que ele chamou de “esquerdistas em geral”, disseram promotores federais em um processo judicial na terça-feira (19).
O tenente Christopher Paul Hasson, de 49 anos, foi preso na sexta-feira por acusações de porte de armas e drogas, mas os promotores disseram no comunicado que as acusações eram apenas a “ponta proverbial do iceberg”. A declaração argumentava que o tenente Hasson deveria ser mantido preso até que fosse julgado, descrevendo-o como um “terrorista doméstico” que pretendia “matar civis inocentes em uma escala raramente vista neste país”.
Os promotores citaram uma carta que ele enviou a amigos em 2017 e que as autoridades encontraram em seu computador. Nela, o tenente Hasson, que trabalha como oficial de aquisições na sede da Guarda Costeira, em Washington, escreveu: “Estou sonhando com uma maneira de matar quase todas as pessoas na Terra. Acho que uma praga seria mais bem-sucedida, como adquirir a gripe espanhola, o botulismo, o antraz… ainda não tenho certeza, mas vou encontrar alguma coisa”.
No mês passado, segundo os promotores, o tenente usou seu computador de trabalho para elaborar uma lista de figuras proeminentes que ele chamou de “traidores” e queria matar, incluindo muitos âncoras e apresentadores famosos nas redes de notícias da CNN e da MSNBC, e um grande número politicos democratas. A lista incluía, entre outros, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, as deputadas Alexandria Ocasio-Cortez e Maxine Waters, o senador Richard Blumenthal, a quem ele se referiu como “Sen blumen jew” e muitos dos senadores candidatos à presidência americana em 2020.
