Nova pesquisa aponta que muitos jovens querem mudar da região de Boston

Wilson Smith

07.09.19-dd-best-cities-young-professionals

Segundo nova pesquisa divulgada ontem (11) cerca de 25% dos jovens profissionais que vivem na Grande Boston pretendem se mudar para outro lugar nos próximos cinco anos, essa intenção de migração se dá em virtude da busca de novas perspectivas para carreira e maior acessibilidade habitacional.

Embora a grande maioria das pessoas entre 20 e 30 anos tenha afirmado estar geralmente satisfeita com suas vidas diárias em Boston, 25% dos indivíduos não têm intenção de permanecer na região por muito tempo, de acordo com a pesquisa da Greater Boston Chamber of Commerce Foundation e seu programa City Awake que é direcionado para jovens profissionais.

“Com essa reflexão positiva dos jovens residentes e sua experiência na Grande Boston, é importante que a força de trabalho atual e futura da região consiga permanecer no território com uma alta qualidade de vida, boas condições políticas e conexões transformadoras que ampliem as oportunidades. Com esta pesquisa, a Fundação da Câmara está comprometida em usar os dados para entender e ampliar as preocupações com os jovens residentes da região por meio de reuniões essenciais e promoção do engajamento cívico e soluções políticas”, disse a Fundação da Câmara.

Em novembro e dezembro a pesquisa entrevistou 823 jovens que vivem nos condados de Essex, Middlesex, Norfolk, Plymouth e Suffolk. 

Os resultados da pesquisa mostram que 27% dos entrevistados tinham alguma probabilidade de permanecer e 38% relataram que tinham muita probabilidade de permanecer em Boston. Outros 10% estavam indecisos ou não responderam. Dos 25% dos entrevistados que planejam sair, 16% tinham alguma probabilidade de executar o planejamento e 9% tinham muita probabilidade.

Mais da metade dos entrevistados disseram sentir que têm pouco ou nenhum poder no Governo Estadual ou Federal para fazer mudanças nas questões que lhes interessam, como habitação acessível, disponibilidade de empregos de qualidade e compensação financeira e salários.

A governadora Maura Healey propôs um projeto de lei de títulos habitacionais de $4.1 bilhões para estimular a produção habitacional e impor políticas relacionadas à produção, como uma taxa de transferência de opção local. No projeto de lei de títulos de desenvolvimento econômico da governadora, Healey propõe estratégias para atrair e reter jovens trabalhadores, incluindo a criação de um programa de crédito fiscal para empresas que contratam estagiários de faculdades de Massachusetts.

A pesquisa descobriu que mulheres negras e indivíduos LGBTQ têm mais probabilidade de planejar deixar a Grande Boston. Mulheres entre 28 e 30 anos, pessoas que se identificam como asiático-americanas e das Ilhas do Pacífico, e pessoas em “Ocupações de gestão” têm maior probabilidade de permanecer em Boston.

Os entrevistados foram questionados sobre a importância de vários fatores que orientam sua decisão de viver em Boston. O custo do aluguel era importante para 83% dos entrevistados, a disponibilidade de empregos para 87%, a capacidade de comprar uma casa para 78%, o transporte público/mobilidade eficiente para 72%, a proximidade da família para 68% e a acessibilidade e disponibilidade de creche para 60%.

No local de trabalho, os jovens adultos relataram altos níveis de satisfação com os colegas, mas apenas 55% disseram estar satisfeitos com seu salário. Apenas metade disse estar satisfeita com as oportunidades de promoção no trabalho.

Em outras explicações potenciais que influenciam as decisões sobre a mudança, 22% dos jovens adultos disseram também encontrar dificuldades em construir relacionamentos comunitários em Boston, especialmente entre os indivíduos LGBTQ. A pesquisa disse que mais opções de entretenimento, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, além de transporte, ajudariam a melhorar a construção de comunidades.

“Para garantir que os jovens residentes queiram e escolham permanecer em Boston, as questões mais urgentes são empregos de qualidade, custos de aluguel e propriedade de casas. Esses pilares devem estar no topo da mente dos funcionários públicos e da comunidade empresarial”, disse a Fundação da Câmara.

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