Mortes por overdose continuam altas em Massachusetts

Wilson Smith

A variety of prescription pills lie in front of their respective bottles.

À medida que a epidemia de opioides avança, os dados preliminares para 2022 mostram uma ligeira diminuição em relação ao recorde de mortes por overdose relacionadas a opioides no ano passado em Massachusetts, entretanto as overdoses continuam altas em comparação com as duas últimas décadas.

De acordo com o relatório bianual do Conselho de Saúde Pública de Massachusetts sobre opioides, lançado ontem (14), a taxa de mortes por overdose relacionadas a opioides no Estado aumentou 11% entre 2020 e 2021. Os primeiros nove meses de 2022 até agora mostram uma redução estimada de 1,5% em comparação com o mesmo período de 2021.

Nos primeiros nove meses deste ano, houve 1.696 mortes confirmadas e estimadas por overdose de opioides. Isso representa cerca de uma morte a cada seis dias, mas também cerca de 25 mortes a menos do que nos primeiros nove meses de 2021. Nos últimos seis anos, começando em 2016, os óbitos por overdose relacionadas a opioides ultrapassaram 2.000 mortes por ano.

Durante os primeiros seis meses deste ano, o fentanil esteve presente em 94% nos exames toxicológicos de pessoas que morreram de overdose relacionada a opioides. A introdução do potente opioide sintético no comércio ilícito de drogas do Estado tem sido associada ao aumento de overdoses fatais nos últimos anos.

A comissária de saúde pública, Margret Cooke também alertou sobre uma nova droga que começou a aparecer nos exames de toxicologia. A xilazina, um analgésico veterinário e sedativo que não é considerado seguro para humanos, começou a ser significativamente detectada em exames toxicológicos este ano e, até agora, esteve presente em 5% das overdoses relacionadas a opioides em 2022.

A Federal Drug Administration lançou um alerta em novembro, informando os profissionais de saúde sobre a xilazina, citando relatos crescentes em todo o país de indivíduos expostos a fentanil, heroína e outras drogas ilícitas contaminadas com o tranquilizante animal.

“Embora a prevalência de xilazina seja relativamente baixa entre as mortes por overdose de opioides, é importante estar ciente disso, especialmente para os socorristas que precisam continuar a fornecer oxigênio além de naloxona para suspeita de overdose de opioides, pois a naloxona não reverterá o efeito da xilazina”, disse Cooke.

A naloxona, medicamento que reverte rapidamente uma overdose de opioides, foi administrada em 97% dos eventos agudos de overdose de opioides durante os primeiros nove meses de 2022, “que é o que esperamos ver”, conclui Cooke.

Nesse período, desde o início deste ano até setembro, 72% dos 1.340 residentes confirmados de Massachusetts que morreram de overdose de opioides eram homens e 28% eram mulheres.

A maior percentagem dos que morreram em overdoses fatais tinha idades compreendidas entre os 35 e os 44 anos, representando cerca de 29% de todas as overdoses nos primeiros nove meses do ano, seguidas pelos grupos etários dos 45 aos 54 e dos 25 aos 34 anos, que representam 22% e 19% das mortes.

Duas crianças com menos de 15 anos morreram de overdose confirmada de opioides neste ano. A grande maioria dos mortos eram brancos, representando 70% do total de mortes.

 

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V12 - 2019 | Nº 78
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