Apesar da grande pressão das companhias aéreas, da indústria hoteleira e dos legisladores republicanos para suspender a regra que exige o uso de máscaras em aviões, trens e em alguns ônibus, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (C.D.C.) anunciaram que será estendido por duas semanas a exigência das máscaras. A decisão deve expirar em 3 de maio.
O C.D.C. citou que a disseminação da subvariante Omicron do Coronavírus, conhecida como BA.2, tem gerado mais de 85% dos novos casos de infecção pelo vírus nos EUA, por isso é prudente no momento a decisão de estender a exigência das máscaras em espaços de grande circulação para minimizar as transmissões.
“A decisão é importante para avaliar o impacto potencial que o aumento dos casos tem acarretado, incluindo hospitalizações e mortes, bem como verificar os impactos na capacidade do sistema de saúde, o C.D.C. afirma que a ordem permanecerá em vigor neste momento”, explicou o Centro em comunicado.
A possibilidade de prorrogação provocou aplausos de alguns passageiros, que disseram sentir-se mais seguros em aviões e aeroportos lotados, já que novas variantes do Coronavírus seguem se espalhando. Outros grupos acham um absurdo exigir máscaras em aviões e em aeroportos, já que na maioria dos outros ambientes internos as pessoas não são obrigadas a usar.
Nos últimos meses, as companhias aéreas e o setor hoteleiro vêm pressionando a Casa Branca para derrubar a exigência do uso das máscaras. A Airlines for America (que representa oito companhias aéreas), a U.S. Travel Association (que representa mais de 1.000 organizações públicas e privadas) e American Hotel and Lodging Association (que representa milhares de hotéis) enviaram uma carta, datada de 8 de abril, argumentando que consideram as medidas atuais desnecessárias e que estavam prejudicando economicamente o país