A Comissão Federal de Comunicações (FCC, em inglês) aprovou por unanimidade a designação de um número de telefone de três dígitos – 988 – como a linha direta nacional de suicídios do país. A decisão da comissão de cinco membros agora está sujeita a comentários públicos antes que possa ser formalmente implementada. O ímpeto por trás da proposta foi estabelecer uma linha direta que fosse fácil de lembrar e rápida para discar.

“O 988 tem um eco do número 911 que todos conhecemos como número de emergência”, disse o presidente da FCC, Ajit Pai, durante a reunião aberta da comissão na última quinta-feira. “E acreditamos que esse número de três dígitos dedicado para esse fim ajudará a facilitar o acesso a serviços de crise, reduzirá o estigma em torno das condições de suicídio e saúde mental e, por fim, salvará vidas”.

Se e quando o novo número entrar em vigor, as chamadas para o 988 serão direcionadas automaticamente para a Linha de Vida Nacional de Prevenção ao Suicídio, uma rede de 163 centros de crise financiados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.

O estabelecimento da linha direta de três dígitos é pessoal para o comissário da FCC, Michael O’Rielly, que compartilhou que seu cunhado havia morrido por suicídio. “Oro para que esta linha tenha o impacto que esperamos”, disse O’Rielly. “Espero que realmente salve vidas.”

Mas ele também reservou um tempo para dizer que uma linha direta não é uma cura para a crise suicida na América. Dados recentes mostram “tendências preocupantes nas taxas de suicídio nos EUA”, disse a American Psychological Association em março.

A taxa de suicídio do país aumentou 33% de 1999 a 2017, de 10,5 para 14 suicídios por 100 mil pessoas, segundo o Centro Nacional de Estatísticas da Saúde. Hoje, é a quarta principal causa de morte entre pessoas de 35 a 54 anos, e a segunda entre as idades de 10 a 34.