O (FDA) Food and Drug Administration aprovou nesta Segunda-feira o primeiro tratamento para Alzheimer para desacelerar o declínio cognitivo, decisão que provavelmente será comemorada por pacientes e defensores, mas fortemente criticada pelos que argumentam que não há evidências suficientes de que uma droga funcione.
O medicamento, chamado aducanumabe, é para pessoas com deficiência cognitiva leve ou demência em estágio inicial, ambas causadas pelo mal de Alzheimer. É o primeiro medicamento liberado que se destina a alterar o curso da doença ao desacelerar a deterioração das funções cerebrais – não apenas para aliviar os sintomas. Nenhum tratamento de Alzheimer foi aprovado desde 2003, refletindo a taxa de falha extraordinariamente alta de medicamentos desenvolvidos para a doença.
Mas em um aceno à polêmica em torno do medicamento, o FDA está solicitando ao fabricante, a gigante de biotecnologia Biogen, a realizar um estudo pós-aprovação para confirmar que o medicamento funciona. A requisição, parte de um programa denominado Aprovação Acelerada, é projetada para permitir a aprovação antecipada de medicamentos que tratam doenças graves e atendem a uma necessidade médica não atendida.