Empregos em MA sofrem um grande déficit, apesar dos ganhos de maio e junho

Marcony Almeida

AGO (8)

Massachusetts estabeleceu dois recordes de estatísticas trabalhistas em junho, quando os empresários geraram 83.700 empregos, o maior ganho mensal de todos os tempos, e a taxa de desemprego atingiu 17,4%, a porcentagem mais alta do país.

É comum haverem tendências divergentes, já que as autoridades trabalhistas rastreiam cada número com base em uma pesquisa diferente, os quais refletem sinais de uma nova atividade econômica no estado após meses de paralisações forçadas nos negócios. Em junho, a taxa de desemprego do estado subiu 0,8% em relação ao mês de maio, que subiu para 17,4%, o mais alto do país, segundo dados federais publicados na sexta-feira.

Tanto a taxa de desemprego quanto o aumento mensal de emprego foram os mais altos desde 1976, quando o governo federal iniciou a série de dados em nível estadual. Massachusetts foi um dos únicos cinco estados em que a taxa de desemprego aumentou no mês passado, fazendo assim, com que sua taxa fique 6,3% acima do nível nacional do mesmo mês.

O impacto da pandemia do COVID-19 foi rápido e grave: em março, o mês em que as infecções confirmadas começaram a aumentar rapidamente e o governador Charlie Baker declarou estado de emergência, Massachusetts tinha uma taxa de desemprego de apenas 2,8%.

Os dados de junho refletem o primeiro mês completo que as empresas do estado foram autorizadas a retomar as operações pessoalmente após meses de paralisações forçadas, embora em etapas. Nesse período, os donos de negócios acrescentaram empregos em um intervalo de tempo nunca antes visto, superando o recorde revisado de maio em mais da metade.

Todas as principais categorias da indústria privada em Massachusetts, exceto atividades financeiras e informações, adicionaram empregos em junho, totalizando um aumento total de 97.300. Os maiores aumentos ocorreram em dois campos que foram mais impactados pelas crises interconectadas de saúde pública e econômica: lazer e hospitalidade adicionaram 29.500 empregos, um aumento de 18,8%, enquanto a construção adicionou 19.700 empregos, 16,3%.

Chefes do governo demitiram 13.600 funcionários em junho, o que poderia ser a primeira onda dentre muitas. Os economistas alertam há meses que os governos estaduais e locais podem precisar impor cortes nos gastos para fechar enormes lacunas orçamentárias rasgadas pela queda na receita tributária.

Embora o estado tenha experimentado dois meses subsequentes de ganhos maciços, os aumentos de maio e junho trouxeram menos de um quinto do total revisado de 811.000 empregos cortados em abril, quando a crise do COVID-19 fechou grande parte da economia.

Todos os 50 estados viram aumentos líquidos de empregos não-agrícola em junho, de acordo com dados federais. Apenas oito outros estados relataram taxas de desemprego em junho na casa dos dois dígitos. Nova Jersey teve a segunda maior taxa atrás de Massachusetts em 16,6%, seguida por Nova York em 15,7%, Nevada em 15%, Connecticut em 14,9% e Michigan em 14,8%.

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