Brasileiro preso em Worcester acusado de tráfico humano ilegal em grande escala

Wilson Smith

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Um brasileiro que vive em Worcester e que, segundo as autoridades, estava ilegalmente no país foi preso na quarta-feira (27) por seu suposto envolvimento em uma operação para contrabandear centenas de pessoas do Brasil para os Estados Unidos, de acordo com Promotores Federais.

Flavio Alexandra Alves, de 41 anos, foi detido com base em uma denúncia criminal que o acusa de “Trazer e transportar estrangeiros dentro dos Estados Unidos em violação da lei”, informou o escritório da Procuradora Federal dos EUA para Massachusetts, Leah Foley, em um comunicado.

As autoridades afirmam que Alves já havia sido condenado por acusações de tráfico de pessoas em 2004, na Califórnia, e foi deportado para o Brasil em 2005. Em algum momento, ele retornou aos EUA e tem vivido no país sem status imigratório regular, segundo o escritório da procuradora.

O advogado de Alves não pôde ser contatado imediatamente para comentar o caso na noite de quarta-feira, segundo o Boston Globe.

Os promotores afirmam que Alves supostamente se juntou a uma organização de tráfico de pessoas em 2021 e coordenou com co-conspiradores no Brasil e no México o transporte de imigrantes brasileiros para os EUA. Ele também é acusado de lavar dinheiro para o México em apoio à organização e de coletar taxas de contrabando pagas em nome das pessoas que ele supostamente ajudou a entrar no país, disseram os promotores.

As autoridades alegam que o papel de Alves era comprar passagens aéreas para imigrantes viajarem dentro dos EUA, incluindo bilhetes para cidadãos brasileiros saindo de cidades na fronteira para outras regiões do país logo após serem liberados pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.

Segundo os promotores, Alves comprou passagens aéreas para mais de 100 pessoas entre maio de 2021 e agosto de 2022, permitindo que elas viajassem de Tucson ou Phoenix para destinos no nordeste dos EUA, incluindo Boston e as cidades da Pensilvânia, Pittsburgh, Harrisburg e Filadélfia.

O escritório da procuradora dos EUA afirmou que Alves também enviou centenas de milhares de dólares em transferências financeiras para “Facilitar a viagem de estrangeiros que depois foram encontrados cruzando ilegalmente para os Estados Unidos e para pagar contrabandistas no México pelo seu papel” na operação.

As autoridades dizem que Alves enviou o dinheiro por meio de vários serviços de transferência presencial em Massachusetts, utilizando variações de seu nome e endereço para ocultar a frequência das transações. Em algumas ocasiões, ele teria usado “Associados próximos” para realizar as transações em seu nome, segundo os promotores.

Alves supostamente ficava com uma parte do pagamento que os imigrantes lhe davam antes de enviar o restante para outros membros da operação de contrabando no México, disseram os promotores.

O governo informou que outras quatro pessoas supostamente ligadas à organização de tráfico de pessoas também foram detidas pelas autoridades na Pensilvânia.

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