Relacionamento: fantasia ou realidade

A experiência de desapontamento em uma relação amorosa é mais comum do que o encontro da felicidade. Geralmente A ama B, mas B se apaixona por C, que não está se interessando por ninguém naquele momento. E assim, segue o jogo sem final feliz e com problemas, diferentes das estorias infantis. A idealização de encontrar o par perfeito no outro é uma fantasia, completamente diferente da realidade.

 

É impossível esperar que alguém possa preencher suas fantasias, porque ninguém é capaz de imaginar exatamente seus sonhos e desejos, por mais explicitamente que você os explique verbalmente ou através do seu comportamento. A idealização da parceiro(a) ideal está apenas na sua cabeça. Acrescento também que sonhos e desejos geralmente mudam com o amadurecimento.

Como parte da sedução, o humano começa a fazer uma espécie de jogo ou de teatro para conquistar o outro, que não pode durar para sempre, porque a vida nao é um palco, não tem “replay” ou oportunidade para ensaios.  Muitas vezes quando a realidade nos atinge, já estamos comprometidos com muitas coisas tais como família, finanças, negócios, amigos, conecções sociais e muitas vezes até filhos. É uma situação difícil de resolver. Admitir o fracasso da fantasia é também um problema, mesmo porque ninguém quer se sentir um “perdedor.”

Muitas vezes encontrar um outro alguém é uma solução para escapar da relação de parceria que já se esgotou com menos sofrimento, mas no entanto com mais problemas. Cruz-credo! Cuidado para não repetir os mesmos erros!

Costumo dizer que um relacionamento amoroso nao é café ou chocolate, que a gente mistura com leite ou com creme, coloca adoçante ou canela para os que gostam, mexe e a bebida fica completa, perfeita, e deliciosa. Um relacionamento requer investimento emocional diário e mínimos cuidados com o outro. Acredito na gratidão, reconhecimento e pedidos de desculpas, tudo isso feito com sinceridade e nas pequenas coisas. Também na atenção e conquista, inclusive não esquecendo a sedução, para que a sexualidade permaneça viva. Seja amante do seu (sua) parceiro(a.) Sei que é muito difícil seguir esse padrão, principalmente depois de um dia exaustivo de trabalho, mas acredito que vale tentar.

Não acho que seja a maioria, mas há sim, uma minoria de encontros duradouros, onde algumas pessoas podem achar o/a parceiro (a) ideal naturalmente. Na minha observação, essas pessoas que se encontram como parceiros ideais já se conheciam há muito tempo.  São antigos amigos ou colegas, com objetivos, hábitos, educação e carreiras que se complementam. Nesses casos, o desapontamento pode não acontecer, porque não existe a fantasia de que o “outro” é a parte que lhe falta.

Em suma, quanto maior a expectativa que colocamos no “outro, maior é a chance da relação romântica dar errado. O parceiro(a) é um humano cheio de falhas e dificuldades. Ele ou ela mal pode dar conta de sobreviver sozinho. Ninguém pode lhe dar o que não tem. O parceiro(a) não éo ideal que sua cabeça imaginou. A relação amorosa precisa de um ajustamento diário que requer paciência, tempo e tolerância. Boa sorte para os que seguem com fé tentando!

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