A mãe de um adolescente transgênero que foi espancado na sexta-feira (30/08) à noite em uma festa ao ar livre no parque de Gloucester disse que o vídeo mostra um grande grupo de adolescentes atacando o seu filho.
Em uma entrevista na quarta-feira (04/09), Jasmine Tkaczyk disse que alguns dos agressores gritavam insultos homofóbicos enquanto davam socos e pontapés no jovem de 16 anos, além disso a vítima também sofreu pancadas na cabeça com uma pedra. Resistindo às fortes agressões, Jayden Tkaczyk conseguiu escapar do grupo, fugindo pela floresta antes de ligar para o 112, contou a mãe.
Pessoas partilharam um vídeo gravado na festa que mostra o seu filho sendo atacado por “pelo menos 20 minutos”, afirmou a mãe da vítima.
“Há uma multidão de crianças em cima do meu filho. Foi horrível de ver. Estou indignada. Estou enojada”, disse.
Ela afirmou que a polícia está seguindo uma linha de investigação voltada como crime de ódio, fruto de um longo período de bullying contra o seu filho.
“Ele tem sido intimidado há anos por ser transgênero, e estas crianças viram uma oportunidade e aproveitaram. Não se pisa na cabeça de alguém xingando sem que isso seja um crime de ódio”, afirmou. Ela disse que quer ver “Essas crianças acusadas pelo que fizeram e sendo responsabilizadas pelas suas ações”.
“Elas precisam saber que não podem escapar da responsabilidade criminosa do que fizeram”, acrescentou.
Ela também contou que um dos amigos do seu filho tentou ajudar, mas também foi agredido. O amigo foi examinado no hospital e já teve alta.
Um detetive da polícia de Gloucester com formação em processos de crimes de ódio vai liderar a investigação do ataque, disse o chefe de polícia.
O chefe da polícia Edward G. Conley disse na terça-feira (03/09) em uma conferência com a imprensa que os agentes foram para o bairro de Dogtown, na cidade, por volta das 22h45, após um adolescente ligar dizendo que estava perdido na floresta. Um detetive da polícia de Gloucester com formação em processos de crimes de ódio vai liderar a investigação do ataque.
“Nossos agentes localizaram com sucesso o menino agredido e o escoltaram em segurança”, disse Conley. “Ao sair da floresta, o jovem relatou que tinha sido agredido numa festa na mesma área”. Ele tinha ferimentos visíveis e foi levado para um hospital.
Conley afirmou que decidiu atribuir o caso a um investigador de crimes de ódio com base nas declarações do adolescente e nos vídeos que surgiram nas redes sociais. No entanto, não chegou a declarar oficialmente o ataque como um crime de ódio.
