Chegamos ao final de 2020 e iniciamos o ano de 2021. Foi um ano muito difícil, enfrentando a pandemia do COVID, com imensas perdas. Conversava ou filosofava com uma amiga/vizinha de infância e adolescência desde os nossos 4 anos de idade, o que seria mais importante para nossas vidas, saúde ou paz, ou o que viria em primeiro lugar na lista dos nossos desejos, já que sobre a importância do amor, não tínhamos dúvidas.
Bom, eu argumentava em favor da saúde, talvez pelo momento que estamos vivenciando, pensando que sem a saúde, sentido dores ou em um leito de hospital, a gente não pode ter paz. Não falo da paz generalizada, da paz mundial, mas falo da paz interna, da quietude da alma, do sossego e do silêncio, da conexão espiritual. Foi quando minha amiga, que é agnóstica, veio com o argumento: “Quando Jesus partiu desse mundo, ele nos disse: Eu vos deixo a paz. Eu vos dou a minha paz. Ele não disse eu vos deixo saúde.” E assim, concordei e ela ganhou a argumentação!
Aqui não se tratava de ganhar a discussão, mas de ter alguém para trocar ideias. Sem a paz interna, não somos capazes de nada. Precisamos de paz para pensarmos e agirmos melhor. No Dicionário online de português, Paz é descrita como harmonia, concórdia, tranquilidade e ausência de violência. A palavra vem do latim: Pax. Internamente e psicologicamente, sei muito bem o significado dessa palavra. Estar em harmonia com os meus desejos. Agir de acordo com os meus valores. Não trambicar com o meu inconsciente. Isso me deixa relaxada, em estado mental onde vejo beleza e aprecio as pequenas grandes coisas como o mar, as flores, as plantas, o céu azul ou nublado, e as nuvens.
Apreciando e agradecendo tudo que está ao meu redor e que foi me dado gratuitamente para o meu enlevo. Não vejo nada de material como fonte de paz e tranquilidade. E fico feliz com a minha paz. A saúde, física, mental e espiritual; devo dizer que eu a que brindo sempre, fazendo uma saudação, com amigos e parentes em grupos sociais. Ter saúde nos mantém em equilíbrio, com as condições necessárias para a manutenção da vida. É um privilégio não estarmos com dores e nem em um leito de hospital. Basta um pequenino e microscópico vírus, para sentirmos nosso corpo indisposto.
Agora falemos sobre o amor. Esse tópico, deixo ai para vocês pensarem. Não tenho competência para lidar com ele. O amor para mim vem acompanhado de algumas exigências, tais como perdão, tolerância, paciência, parceria, permanência, abnegação, e a lista segue grande! Amor incondicional, será que existe? Esse ai é lá com Deus. Eu amo meus netos, muito mais do que a meus filhos, mas logo vou avisando que não é incondicional.
Se agirem dentro do previsível tudo bem, mas se começarem a me apoquentar e esquentar o meu juízo, aí caio fora e irei precisar de um tempinho para me reciclar. Sim, sou capaz de ter empatia e congruência com os outros. Oro por quem não conheço, mas a convivência, essa estraga a idealização do Amor. Direi que esse ano já retirei várias pessoas da minha lista de amigos nos sites sociais, por falta de afinidades de pensamentos. Faltou-me paciência e empatia, mas até Jesus Cristo se aborreceu e retirou a chicotadas os desrespeitosos da casa do Pai Dele…
Finalizado, desejo a todos um 2021 cheio de Paz, Saúde e Amor! Que aprendamos a fazer melhor agora, depois de um 2020 muito conturbado! Que Deus e seus anjos nos protejam e guardem!
