O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, ontem, que seu país responderá com reciprocidade à recém-anunciada tarifa de 50% sobre as exportações do país, anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, citando uma lei brasileira recentemente aprovada que autoriza o governo a tomar contramedidas proporcionais.
Trump afirmou que os EUA imporão a tarifa sobre as importações do Brasil a partir de 1º de agosto, em parte como retaliação ao processo em andamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Trump afirmou em uma carta que a nova tarifa — um aumento expressivo em relação à alíquota de 10% imposta pelos EUA às importações do Brasil no início de abril — também é uma resposta à “relação comercial extremamente injusta” entre os dois países.
A carta a Lula seguiu quase duas dúzias de outras que Trump enviou recentemente a outros líderes mundiais, ditando novas tarifas elevadas sobre os produtos que vendem aos EUA.
Mas a carta a Lula vai além das demais, impondo uma nova alíquota de imposto de importação dos EUA explicitamente como punição para um país que se envolve em questões políticas e jurídicas internas que desagradam a Trump.
Lula respondeu à carta afirmando que o Brasil responderia às tarifas de acordo com sua recém-adotada lei de reciprocidade econômica.
“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceita sermão de ninguém”, escreveu Lula nas redes sociais.