Brasileiro professor visitante da Harvard é preso por incidente com arma de chumbo

Direto da Redação

Brookline

A polícia de Brookline prendeu um professor visitante brasileiro de Direito da Harvard Univeristy após ele supostamente disparar uma arma de chumbo, próximo a um templo judeu.  A polícia afirma que o incidente, ocorrido na última quarta-feira (1), aconteceu perto do Temple Beth Zion, por volta das 21h, enquanto a sinagoga celebrava o início do feriado judaico do Yom Kippur. O suspeito, Carlos Gouvêa, disse aos policiais que estava usando o rifle para caçar ratos na área, de acordo com o boletim de ocorrência.

Os líderes do Templo Beth Zion disseram em um comunicado publicado no Facebook, no domingo, que “não tinham motivos para acreditar que este fosse um evento antissemita”. “Pelo que nos foi dito inicialmente pela polícia, o indivíduo não sabia que morava perto de uma sinagoga e estava atirando com sua arma de chumbo perto dela, nem que se tratava de um feriado religioso”.

Gouvêa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário do jornal The Boston Globe. De acordo com seu perfil em Harvard, o brasiliro é professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, e chefe de uma organização especializada em meio ambiente e justiça social no Brasil. Harvard colocou o acadêmico “em licença administrativa, pois a universidade busca mais informações sobre o ocorrido”, informou a universidade ao The Boston Globe.

Um segurança particular que protegia a sinagoga disse aos policiais de Brookline que ouviu “pelo menos dois tiros altos” antes de avistar Gouvêa “atrás de uma grande árvore” segurando a arma de chumbo, de acordo com o boletim de ocorrência. Líderes da sinagoga disseram no domingo que o santuário do templo foi fechado “após ouvirmos o primeiro barulho”.

O guarda se aproximou e tentou deter Gouvêa, que teria fugido para sua residência próxima, acrescentou o boletim de ocorrência. Ainda segundo a polícia, o brasileiro foi preso. Gouvêa foi acusado de disparo ilegal de arma de chumbo, conduta desordeira, perturbação da paz e dano malicioso à propriedade pessoal.

A “liderança do templo foi treinada para incidentes como este e tudo foi conduzido conforme o planejado”, disseram os líderes da sinagoga numa declaração.

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