Os imigrantes estão recusando ajuda do governo para comprar fórmulas infantis e alimentos saudáveis para seus filhos pequenos, porque temem que o governo Trump os impeça de obter um green card se eles aceitarem ajuda federal. A notícia veiculada no website politico.com tem sido motivo de preocupação constante de organizações pró-imigrantes em Massachusetts.
Os provedores de saúde locais dizem ter recebido telefonemas apavorados de famílias de imigrantes documentadas e não-documentadas que pediram para serem retiradas do WIC, um programa federal de nutrição voltado para mulheres grávidas e crianças. Isso aconteceu depois de notícias de que a Casa Branca está planejando negar o status legal aos imigrantes que usaram benefícios públicos. Agências em pelo menos 18 estados dizem ter visto quedas de até 20% nas inscrições, e atribuem a mudança em grande parte a temores sobre a política de imigração.
A administração Trump não oficializou a política ainda, mas mesmo sem uma regra formal, as famílias já estão com medo de usar os serviços, dizem os provedores de saúde, como o Health Care for All, em Boston.
Defensores da saúde dizem que a mudança na política pode colocar mais bebês nascidos nos EUA em risco de baixo peso ao nascer e outros problemas – prejudicando a saúde pública, ao mesmo tempo em que aumenta potencialmente os custos de saúde às custas do contribuinte. “Esse problema realmente está acontecendo e estamos muito preocupados”, disse Maria Gonzalez, porta voz do Health Care for All.
O WIC – formalmente o Programa Especial de Nutrição Suplementar para Mulheres, Bebês e Crianças – serve cerca de metade de todos os bebês nascidos nos EUA, fornecendo vouchers ou cartões de benefícios para que mulheres grávidas e famílias com crianças pequenas possam comprar alimentos básicos e fórmulas infantis. O programa também é projetado para apoiar as mulheres que estão amamentando.
Por beneficiar bebês, cuja vasta maioria é de cidadãos nascidos nos EUA, o WIC está entre os programas menos politicamente controversos que o governo diz estar mirando em sua repressão. A Casa Branca não respondeu aos pedidos de comentário do portal Politico.