Uma auditoria em todos os pagamentos feitos ao prefeito de Everett, Carlo DeMaria, revelou novas informações sobre os bônus que ele recebeu. A extensa análise está vinculada às conclusões dos investigadores estaduais de que DeMaria recebeu indevidamente US$ 180.000 em bônus de longevidade. A auditoria, contratada pela Câmara de Vereadores de Everett, alega que o prefeito recebeu pagamentos de diferentes contas que foram protegidas e determinou que alguns pagamentos estavam ocultos em itens orçamentários.

O relatório da auditoria foi apresentado, ontem à noites, aos vereadores da cidade. Também revelou um pagamento de “reajuste do custo de vida” de mais de US$ 30.000 pago de uma só vez. “Não sei por que um ajuste de custo de vida dessa magnitude foi essencialmente pago sem qualquer transparência real, qualquer prestação de contas, qualquer divulgação pública”, disse o vereador do Distrito 5, Robert Van Campen, que concorre contra DeMaria à prefeitura.

A análise dos desembolsos também investigou oito cartões de crédito municipais diferentes, e levantou ainda mais questões sobre supostos pagamentos ocultos. “Dos US$ 220.000 pagos, cerca de US$ 40.000 eram legítimos e US$ 180.000 eram excessivos”, disse Christopher Petrini, Conselheiro Especial da Câmara de Vereadores da cidade. “Eram basicamente contas clandestinas, então não eram transparentes”.

Os vereadores votaram por unanimidade para enviar as conclusões ao Gabinete do Inspetor-Geral e à Comissão de Ética do Estado de Massachusetts. Apesar de alguns pedidos para que DeMaria devolvesse o dinheiro, ele se recusou e insistiu que tinha direito aos US$ 180.000. Ele já havia dito que acredita que algumas das acusações têm motivação política e agora está processando o Gabinete do Inspetor-Geral.