Neste mês de setembro, os Estados Unidos marcam o 24º aniversário dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 — o maior ataque já registrado em solo americano. Quase um quarto de século depois, Nova York continua a sentir os ecos daquela manhã trágica, mas também mostra ao mundo como é possível renascer das cinzas, literalmente.
O dia que mudou o mund
Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, quatro aviões comerciais foram sequestrados por membros da organização terrorista Al-Qaeda. Dois deles colidiram com as torres gêmeas do World Trade Center, em Manhattan. Um terceiro atingiu o Pentágono, em Washington, e o quarto caiu em um campo na Pensilvânia após passageiros tentarem retomar o controle da aeronave.
O ataque matou quase 3.000 pessoas e deixou milhares de feridos. A cidade de Nova York foi transformada em zona de guerra, com fumaça, escombros, pânico e um silêncio sepulcral que tomou conta de uma das metrópoles mais vibrantes do planeta.
Memória que não se apaga
Hoje, o marco zero — onde antes se erguiam as torres — abriga o 9/11 Memorial & Museum, um espaço de homenagem e reflexão. Ali, duas enormes piscinas quadradas ocupam o exato local das torres, com os nomes das vítimas gravados ao redor. Turistas do mundo inteiro, nova-iorquinos e familiares das vítimas ainda visitam o local com lágrimas nos olhos e silêncio respeitoso.
A cada 11 de setembro, uma cerimônia solene ocorre no local. Os nomes das vítimas são lidos um a um — um ritual comovente que serve como lembrete do impacto humano do ataque.
A Nova York de hoje
Quem visita Nova York em 2025 encontra uma cidade que se reinventou. No lugar das torres, foi erguido o One World Trade Center (também chamado de Freedom Tower), atualmente o edifício mais alto do Hemisfério Ocidental. A paisagem mudou, mas o espírito resiliente permanece.
O bairro do Financial District, antes marcado pela destruição, hoje respira modernidade. Cafés, galerias, escritórios e residências dividem espaço com memoriais. O transporte público, que ficou paralisado por dias após o ataque, hoje funciona com alta tecnologia e segurança reforçada.
O comércio local também foi profundamente impactado nos anos seguintes, mas se recuperou. Pequenos negócios, muitos deles comandados por imigrantes — inclusive brasileiros —, ajudaram a reconstruir a vitalidade do centro da cidade.
Como vivem os nova-iorquinos hoje
A geração que vivenciou o 11 de setembro ainda carrega traumas. Muitos sofreram com doenças respiratórias e psicológicas causadas pelos eventos daquele dia. Há centenas de bombeiros e trabalhadores de resgate que, mesmo após tantos anos, enfrentam problemas de saúde relacionados à exposição à poeira tóxica.
Por outro lado, uma nova geração cresceu com o memorial como parte do cotidiano — jovens que não viveram os ataques, mas aprenderam nas escolas, em casa e nas ruas o peso daquela data. Para eles, o 11 de setembro é tanto uma lição de história quanto um chamado à empatia e à união.
A comunidade brasileira em Nova York
Muitos brasileiros também foram impactados pelos atentados. Alguns estavam próximos das torres, outros perderam colegas de trabalho. Desde então, a comunidade brasileira tem crescido e se fortalecido na cidade, marcada por um espírito de solidariedade que se intensificou após os ataques.
A segurança aumentou, os processos de imigração se tornaram mais rigorosos, e o cotidiano nos aeroportos e espaços públicos foi transformado. Ainda assim, os brasileiros seguem contribuindo com a energia e o trabalho que os tornaram parte fundamental do tecido multicultural de Nova York.
Memória e futuro
Vinte e quatro anos depois, o 11 de setembro segue sendo uma ferida aberta, mas também um símbolo de resistência. Nova York não esqueceu — e nunca esquecerá —, mas escolheu seguir em frente com dignidade, criatividade e união.
A cidade que nunca dorme aprendeu a pausar, lembrar e homenagear. Mas também nos ensina que, mesmo nos momentos mais sombrios, é possível encontrar luz.
Serviço:
Local: 9/11 Memorial & Museum
Horário: Abertura diária, exceto feriados
Custo: Entrada gratuita nas tardes de segunda-feira (reserva antecipada recomendada)