A Procuradoria Geral de Massachusetts anunciou um acordo nacional de US$ 148 milhões com a Uber, ontem (27), após investigação descobrir que a empresa tentou encobrir um ataque cibernético em seu sistema de dados, em 2016, que comprometia os nomes, endereços de e-mail e telefones celulares de 57 milhões de usuários, e as carteiras de 600 mil motoristas.
Massachusetts liderou uma coalizão de Procuradores-Gerais de todos os 50 estados e do Distrito de Columbia na investigação e acordo final de US$ 6,5 milhões apenas para o estado. No valor, US$ 600 mil serão destinados a ajudar consumidores e empresas e financiar programas para proteger vítimas de violações de dados na internet.
“A Uber não divulgou imediatamente esta violação de dados às autoridades e aos seus clientes, e tentou esconder pagando aos hackers que violaram o sistema”, disse num comunicado a Procuradora-Geral, Maura Healey. “Esse acordo deve ser uma lição para outras empresas porque os consumidores têm o direito de saber quando suas informações pessoais foram comprometidas”.
O Tribunal Superior de Suffolk deve aprovar o acordo, que também exige que a Uber siga as leis estaduais de violação de dados e proteção ao consumidor, e tome medidas para garantir a proteção das informações pessoais do consumidor e do Uber. Em sua denúncia, a Procuradoria acusou a Uber de tentar esconder a violação de dados seguindo ordens de seus principais executivos, pagando US$ 100 mil aos hackers em troca de um acordo de não divulgação do problema. A Uber não informou a violação ou notificou seus usuários e motoristas até um ano após o incidente.