As cenas protagonizadas por terroristas e bandidos em Brasília, ontem (08), por apoiadores do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, tiveram o apoio do ex-estrategista de Donald Trump, ex-presidente americano. Manifestantes quebraram janelas e depredaram vários ambientes ao invadir o Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal em cenas que lembram a invasão do Capitólio americano em janeiro de 2021. Há conexões mais profundas entre os dois eventos.
Um dia após o primeiro turno das eleições no Brasil em outubro do ano passado, Steve Bannon principal estrategista do ex-presidente Trump, disse em seu podcast que “A coisa toda cheirava mal”, concluiu o estrategista trumpista.
A corrida presidencial havia ido para o segundo turno, e o resultado final não estava nem perto de ser conhecido. Mas, Bannon espalhou rumores infundados sobre fraude eleitoral, como vinha fazendo há semanas.
Em vários episódios do seu podcast e postagens de rede social, ele e seus convidados alimentaram as alegações de uma “eleição roubada” e forças sombrias.
Bannon promoveu ainda a hashtag #BrazilianSpring (primavera brasileira, que seria uma referência à primavera árabe, onda de protestos contra ditaduras históricas em países no Oriente Médio e Norte da África), e continuou a incitar a oposição mesmo depois que o próprio Bolsonaro pareceu aceitar os resultados da eleição, que elegeu o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos filhos de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, publicou em suas redes sociais e espalhou mensagens pelo WhatsApp de um vídeo de Bannon estimulando os ataques em Brasília. O ex-presidente Jair Bolsonaro ainda se encontra aqui nos EUA, em Orlando.