POR QUE VACINEI OS MEUS FILHOS?

Manoela Maia McGovern

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Desde que os meus filhos nasceram eu nunca contestei à médica pediatra deles em relação a nenhuma vacina e eles tomaram todas do calendário de vacinação. Afinal, não sou profissional da saúde e nem cientista. Mesmo sendo uma pessoa curiosa e de tentar estar sempre atualizada com as pesquisas e descobertas da ciência, confio na pediatra de olhos fechados. Afinal, se não confiasse, não entregaria a saúde dos meus filhos nas mãos dela. Com o meu humilde conhecimento, sei que a única forma de prevenir a contaminação de um vírus, é através da vacina. Não existe remédio para tratar vírus. Antibiótico só trata bactéria! E é por causa da vacinação que muitas doenças já foram praticamente erradicadas, como a poliomielite, conhecida também como paralisia infantil. Desde os anos 70, a vacinação das crianças no Brasil é um direito garantido por lei protegido pelo estatuto da criança e do adolescente, mas apesar disso alguns pais acabam não vacinando os seus filhos. Acredito que a desinformação é uma das maiores causas dos movimentos anti-vacinação em vários países.

Perdi alguns amigos para a COVID-19. Chorei por eles e me compadeci por tantas outras vidas perdidas durante essa pandemia que já dura quase dois anos. É assustador saber que vivemos em um momento em que as pessoas ao invés de escutar a ciência, decidem ouvir políticos, fake news ou minorias. É uma questão de bom senso. Se praticamente o mundo todo está seguindo uma linha, por que cargas d’água alguém iria querer nadar contra a maré? É insano e irracional, pelo menos no meu ponto de vista como mãe de dois.

Quando a vacinação entre os adultos começou aqui nos Estados Unidos, eu estava no Brasil, e lá a previsão para que eu me vacinasse ainda era distante. Como é do conhecimento de todos, lá eles começaram pelos mais velhos e foram descendo a ordem de acordo com a faixa etária. Me apressei e voltei mais cedo para Nova York. Chegando aqui, a primeira coisa que fiz foi correr para me vacinar. Não existia mais fila ou espera. E eu pude até escolher de qual fabricante eu iria tomar a vacina.  Quase chorei de emoção. Não só por saber que agora estaria protegida, mas por lamentar a morte de amigos queridos que não tiveram a mesma chance que eu.

Desde que a pandemia começou, tomei todos os cuidados para proteger a minha família. Apesar dos meus filhos terem apenas 7 e 11 anos, eles se acostumaram logo a usar máscaras e manter o distanciamento social. Quase não saímos de casa, e eu ficava em pânico só em imaginar algum deles tendo que ir para um hospital, caso fossem contaminados. Mesmo com as estatísticas mostrando que a letalidade entre crianças era baixa, eu não queria fazer parte daquele percentual. Não via a hora de vacinar os meus filhos e torcia e rezava todos os dias por isso. Assim que liberaram para a faixa etária deles, marquei e fui. Fui porque acredito na ciência. Fui porque quero o melhor para eles. Fui porque a pediatra deles falou que era seguro. E fui porque a saúde deles está em primeiro lugar na minha lista de prioridade e, se dezenas de organizações e agências mundiais de saúde dizem que é seguro, eu não vi razão lógica para não seguir a orientação. E eu vacinei sim os meus filhos!

Nenhum deles teve reação com a primeira dose da vacina. Na segunda, apenas um congestionamento de leve, que não teve tosse e nem febre. Recentemente foi aprovada a terceira dose para a faixa etária deles, mas apenas para crianças com alguma comorbidade. Mas fiquem seguros de que assim que liberarem para todas as crianças de 5  à 11 anos, eu serei a primeira da fila de mãos dadas com os meus pequenos a favor da ciência e para aumentar a proteção deles contra esse vírus que vem destruindo milhares de famílias pelo mundo afora.

 

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