O que precisamos para 2022

Heloísa Galvão

COVID

Tenho dois assuntos importantes para tratar com vocês neste final do ano: COVID-19 e imigração. Quem diria que no final de 2021 estaríamos falando de uma quarta onda de coronavírus! Mas estamos, e estamos por três razões fundamentais. A primeira é a teimosia de 40% da população dos Estados Unidos em não se vacinar. A segunda é a desigualdade. Enquanto países ricos têm três vacinas para cada um dos seus residentes, países considerados pobres, como a África, não têm nem para um terço. A terceira razão é a incapacidade de grande parte do povo de entender que este vírus só será controlado se nos comportarmos com o cuidado que ele requer.

Este fim de ano dá medo porque muita gente se confia que está vacinado e, portanto, totalmente protegido e liberado para as festas. O índice de contaminação em Massachusetts aumentou nas últimas semanas 59%. Na semana do Thanksgiving o Governador Baker mandou suspender todas as cirurgias que não são consideradas de urgência. É bem a terceira vez que isso acontece e, quem sabe, quando vocês lerem esta coluna, esta ordem já terá sido suspensa. Tomara, porque o outro grande problema provocado pela pandemia é o aumento de casos de doenças graves, como câncer, coração e AVCs, que não foram detectados durante todo o ano passado e parte desse ano porque os check-ups anuais foram suspensos.

Nós já vimos este filme várias vezes. O vírus faz de conta que vai embora, a gente se desarma, e ele volta com tudo, na forma de alguma variante mais contagiosa e perigosa do que a anterior. Mas tem como enfrentar esta situação e nós sabemos bem a receita: vacina, máscara, distanciamento social e, em caso de dúvida, depois de ajuntamento e possível exposição, teste.

Nossa meta é entrarmos 2022 com saúde, deixando o coronavírus no passado. Se seguirmos esta regra simples, temos uma grande chance de vencermos. O segundo assunto que quero tratar é imigração. E este, como no COVID, não depende somente da gente, mas nós temos uma grande parcela de responsabilidade sobre o que acontece. A última lei de reforma imigratória que este país já teve é de 1986, no governo Ronald Reagan. De lá para cá, tivemos alguns remendos que permitiram que centenas de pessoas regularizassem sua situação imigratória, mas foram remendos. O que nós queremos, precisamos e merecemos é uma reforma ampla e irrestrita que incluía cidadania. DACA e TPS são medidas que beneficiaram muitos e foram bem vindas quando anunciadas mas são bandaids que mantêm as pessoas com o pescoço na forca só esperando alguém empurrar a cadeira.

O Senado pode e deve corrigir esta injustiça mas pelo andar da carruagem, a gente não chega lá. Os republicanos não estão dispostos a votar em nada que favoreça Biden, a parlamentária do Congresso já rejeitou duas propostas e pelo jeito vai fazer a mesma coisa com a última proposta de alívio, e os democratas não estão afim, nem têm cacife, de passar por cima da parlamentária.

Nosso dever-de-casa este fim de ano é ligar e mandar email para nossos senadores e deputados federais com uma mensagem simples e clara: Ajam. Façam jus ao mandato que exercem. Nada de medidas tampão. Nós estamos de olho em vocês.

Termos

Compartilhe

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

ADVERTISE

Nossa Revista

V12 - 2019 | Nº 78
V12 - 2019 | Nº 78

REDES SOCIAIS

Últimas Notícias