LGBTQIA + Preconceito

O preconceito é formado de idéias preconcebidas, ligadas a intolerâncias e aversōes a outras raças, credos, religiões, culturas e a lista segue grande, para discriminar o que não é meu espelho, ou seja, o que não corresponde a minha imagem de idealização.

O mês de Junho, exatamente em 28 de junho, é o tempo de comemoração para o movimento LGBTQIA+, movimento político e social que foi criado para inclusão de humanos, com diferentes orientações sexuais e diversidade de gênero.  Fui informada por um amigo que são mais que 40 letras, que indicam as diferenças na sexualidade dos humanos. O importante é que estejamos todos incluídos socialmente.

Gostaria de homenageá-los pelas conquistas, mas não sei muito bem como fazê-lo. Ao longo da minha vida, ninguém nunca me perguntou qual é a minha orientação sexual, embora já tenha respondido a perguntas bem indiscretas sobre a minha orientação política e religiosa. Quando escolho amigos, escolho pelas afinidades e valores que temos em comum, que se caracterizam por uma comunicação muitas vezes não verbal.

Nunca escolho ninguém avaliando a orientação sexual, o dinheiro, a posição social, mas escolho pela empatia, a congruência e a genuinidade. Aprendi durante a minha vida profissional, principalmente como psicóloga, que a sexualidade, a atração das pessoas, independe de uma escolha, mas depende do que nos atrai nas pessoas, ou seja, depende do nosso desejo, da nossa pulsão.

Acredito que sempre existiram homossexuais. Vemos ou aprendemos que na Grécia antiga os grandes filósofos eram bisexuais e aprendiam sobre a sexualidade humana com os mestres. Também estudei em diversidade culturais que em algumas tribos na África, a iniciação sexual dos meninos acontecia aos 12 anos com os sacerdotes tribais, com naturalidade, sem caracterização de pedofilia.

No século XVIII, a homossexualidade era reprimida e duramente punida, associada a imoralidade. Freud pesquisou e estudou que a existência do sofrimento humano não era apenas biológica mas também psíquica, e classificou a homossexualidade como um desvio de personalidade, chegando a explicá-la como perversão.

Foi no período do cristianismo que o mundo passou por uma grande transformação, e qualquer forma de manifestação sexual tinha que obedecer ao princípio da reprodução. Apareceram então novos conceitos sobre a sexualidade, e porque não dizer preconceitos. As diversidades sexuais passaram a ser estigmatizadas, acompanhadas de dúvidas, culpa, vergonha, medo e confusão.

Freud também explicou que a  homossexualidade é organizada através do conceito do narcisismo. No inicio de século XX, em 1973, a Associação Psiquiátrica Americana então retirou a homossexualidade da lista de transtornos mentais e da qualidade de doença mental, e em 2011 o Supremo Tribunal Federal do Brasil reconheceu a união estável para casais do mesmo sexo, dando-lhes direito a partilha de bens, heranças, adoção de crianças e acesso a benefícios como seguro de saúde e financiamento da casa própria.

Porque participei de concursos de beleza, pude notar que a grande maioria dos admiradores de concursos de beleza bem como das artes, das Divas do canto lírico e artistas de teatro e cinema são gays. Comecei a pensar na razão dessa admiração e a explicação que encontrei foi do que poderia chamar do Ideal do Eu, ou seja, da fantasia inconsciente do que eu teria que ser para ser amado ou lugar que eu gostaria de alcançar para ter o amor.

O Ideal do Eu está ligado ao Narcisismo Primário de Freud, ou fascinação idealizada de ser bom o bastante para corresponder as expectativas dos outros. Finalizando, é inacreditável mas ainda vemos no século XXI muitas discriminaçōes e preconceitos contra a sexualidade. Recentemente vimos nos noticiário o assassinato de um brasileiro na Espanha, motivado pelo preconceito contra a orientação sexual. Espero que consigamos ultrapassar essas dificuldades para que sigamos um caminho sem hostilidade.

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