EUA querem investigar Shein e Temu sobre produtos infantis que podem ser “mortais”

Manoela McGovern

shein

Shein e Temu, dois sites chineses de comércio eletrônico de baixo custo, são alvos de uma investigação do governo dos Estados Unidos por venderem “produtos que podem ser mortais para bebês e crianças pequenas”. Dois líderes da Consumer Products Safety Commission disseram em uma carta aberta na quarta-feira que querem que a equipe da comissão investigue como as duas empresas cumprem os regulamentos de segurança dos EUA. A carta aponta para relatórios recentes da mídia de que produtos perigosos vendidos para crianças são fáceis de encontrar nos sites, os agentes da CPSC Peter Feldman e Douglas Dziak disseram que querem entender melhor essas empresas, particularmente o foco em remessas diretas ao consumidor de baixo valor.

Uma preocupação particular para a Comissão é o uso de “de minmis” pelas empresas, uma regra que isenta remessas avaliadas em US$ 800 ou menos em tarifas. Muitos dos produtos vendidos na Shein e na Temu são baratos e variam de móveis a fast fashion. “À medida em que a comissão define suas prioridades para o próximo ano, esperamos que a equipe da agência investigue os controles de segurança e conformidade das empresas; relacionamentos com vendedores e consumidores terceirizados; e quaisquer representações que eles façam quando os produtos são importados”, escreveram Feldman e Dziak.

A Shein disse que a segurança do cliente é sua prioridade máxima e estão investindo milhões de dólares para fortalecer os programas de conformidade. A Temu disse que exige que todos os vendedores da própria plataforma cumpram as leis e regulamentações aplicáveis, incluindo aquelas relacionadas à segurança do produto.

À medida em que as duas empresas crescem em popularidade, especialmente nos EUA, elas também estão enfrentando escrutínio e perguntas com uma ladainha de questões, inclusive como elas conseguem vender produtos a preços tão surpreendentemente baixos, quão transparentes elas são com o público e quanto desperdício ambiental seus negócios geram. No ano passado, uma comissão do Congresso dos EUA chamou Shein e Temu em um relatório que sugeria que as empresas e outras na China estavam potencialmente ligadas ao uso de trabalho forçado, exploração de brechas comerciais, riscos à segurança de produtos ou roubo de propriedade intelectual.

 

 

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