O que mais esses jovens precisam…

 

Estamos iniciando mais um ano escolar onde filhos e conhecidos  entram na onda do capitalismo desvairado, comprando além do necessário, ao satisfazer os desejos e pedidos de roupa nova e muitos acessórios, incluindo os de última tecnologia.

Quem sou eu pra julgar? Sendo mãe de adultos atualmente, já passei por essa fase de tentar controlar os gastos, ao mesmo tempo atender a alguns pedidos  e me concentrar no que fosse verdadeiramente útil pros meus filhos.

A vida escolar é recheada desses momentos, de alegrias com as compras,  expectativas com o ensino, nervosismo, choro e  vitórias. A escola traz um  aprendizado que é  importante e mandatório para as crianças. Ainda quando elas não aceitam que Matemática ou História poderão ajudar a construir um futuro melhor para elas.

Isto aprendemos sentados nas bancas da sala de aula. Porém, o que mais podemos fazer para que as nossas crianças e adolescentes atinjam um outro patamar? O que pode ser feito para inculcar  bons costumes, respeito, solidariedade, desenvolvendo nelas um crescimento não só visando a vida  profissional mas também a pessoal, como ser humano?

Horas de trabalho voluntário seria a melhor resposta. Estar engajado, entender o que se passa na comunidade, entender o que outras pessoas sentem ou estão lidando… tanta coisa que vemos quando paramos de nos importar somente com o nosso umbigo e usamos nossa energia para beneficiar a outros.

Isso não só se aplica aos estudantes, mas a qualquer um. Contudo, como estamos falando de estudantes, principalmente os que estão no segundo grau (ou High School), o tempo trabalhando na comunidade como voluntário ajuda não somente a resgatar o que tanto este país procura: o amor ao próximo e o trabalho em grupo. Estas horas podem auxiliar o estudante que está tentando avançar nos seus estudos e ir para a universidade.

Algumas universidades talvez  não considerem essas horas. Contudo, outras escolas vêem nesse trabalho voluntário uma pessoa com bons principios e com imenso potencial; um líder, um bom cidadão. É claro que boas notas e outras qualidades causam um impacto, não somente o serviço comunitário.  De todas maneiras, o que devemos passar para estes estudantes é  a idéia de ser um voluntário não só  para cumprir com as regras, mas  para ter uma experiência que mudará as suas vidas.

Eu comecei cedo, com 9 anos de idade  e isso mudou a minha maneira de olhar o mundo e de me relacionar com outras pessoas. O mesmo eu passei para os meus filhos e penso no futuro, passar esse amor pelo lado voluntário pros meus netos. Quando vejo iniciativas como a da Débora Guimarães e outros, não tem como não me encher de alegria. A vida não se resume às paredes de nossa casa e ao nosso trabalho. O mundo está lá fora para se conhecer, para entender e aprender uns com os outros.

Não esperemos que desastres, como o furacão Harvey, sejam momentos para aquela “sacudida” , despertando a sua compaixão e amor para com o outro. Não deixe que o seu filho apenas esteja bitolado com a escola, no esporte ou enfiado no computador ou telefone. Não use toda a energia que ele ou ela tem, apenas para trabalhar e gastar com coisas da moda. Não  espere que só a escola seja suficiente para fazer de o seu filho um homem ou uma mulher responsável e um membro produtivo da sociedade.

Pense nesta possibilidade, para eles explorarem outros caminhos, fortalecendo suas habilidades e descubrindo outras. E, principalmente, tornando-se verdadeiramente pessoas do bem e realmente humanos.

Escreva para a nossa redação e te explicarei como ajudar o seu filho a fazer parte de um trabalho voluntário.