O dono da rede de lojas Starbucks, Keving Johnson, anunciou, hoje, que mais de oito mil lojas fecharão no dia 29 de maio para um treinamento mandatório sobre racismo para quase 175 mil funcionários ao redor dos Estados Unidos. A decisão é o resultado da revolta nacional de clientes afro-americanos após o gerente de uma loja da rede, em Philadelphia, no último dia 12, ter chamado a polícia para remover da loja dois clientes negros que estavam sentados no estabelecimento por algumas horas. A polícia prendeu os clientes à força, e o video da prisão foi divulgado por milhares de pessoas na internet.

“Fechar nossas lojas para treinamento sobre racismo é apenas um passo do longo caminho necessário de todas as partes da nossa empresa para restabelecer parceria com as comunidades locais”, disse Johnson em nota à imprensa. O currículo do treinamento está sendo montado por advogados renomados no país, incluíndo o ex-Procurador Geral dos Estados Unidos na administração de Baracka Obama, o afro-americano Eric Holder. O dono do Starbucks viajou para Philadelphia e pediu desculpas pessoalmente aos dois clientes presos, e disse à imprensa que a atitude do gerente em chamar a polícia foi errada. O funcionário foi afastado e não mais trabalhará na loja.

“Minha responsabilidade não é apenas olhar para esses dois clientes, mas é necessário analisar de um modo geral as circunstâncias que levaram a esse ato, para que isso nunca aconteça novamente”, disse o CEO da empresa no programa de televisão “Good Morning America”.