Proposta apoiada por Trump previa legalização de 1,8 milhão de imigrantes em troca de 25 bilhões de dólares para construção de muro e mais medidas para conter fluxo de ilegais. O Senado dos Estados Unidos fracassou em avançar nesta quinta-feira (15/02) qualquer legislação para proteger imigrantes “dreamers”, não alcançando os 60 votos necessários para avançar em quatro propostas, incluindo uma apoiada pelo presidente Donald Trump e dois projetos bipartidários.

A série de votações aconteceu após Trump criticar a principal proposta bipartidária como “uma catástrofe total” e a Casa Branca ameaçar vetar o projeto de lei, que havia sido considerado o mais provável para avançar no Senado profundamente dividido.

O resultado marcou uma semana de considerações no Senado de questões imigratórias e deixou no limbo a situação de 1,8 milhão de dreamers, os jovens adultos levados ilegalmente aos Estados Unidos quando crianças. Eles haviam sido protegidos de deportação por um programa do governo Obama que Trump quer encerrar até 5 de março.

A proposta apoiada por Trump recebeu o menor número de votos, levando democratas a reclamar que a abordagem descompromissada do presidente estava afundando esforços bipartidários no Congresso.

Trump disse que qualquer projeto de lei de imigração para proteger Dreamers deveria também incluir financiamentos para construir um muro na fronteira com o México, acabar com o programa de loteria de vistos e impor restrições sobre vistos para famílias de imigrantes legais. O financiamento do muro foi estimado em 25 bilhões de dólares (80 bilhões de reais).

Após o fracasso, alguns parlamentares e defensores de imigrantes prometeram buscar proteções temporárias para os dreamers. O senador republicano Bob Corker disse a repórteres que pode haver um debate sobre uma extensão de curto prazo para dreamers em um projeto de lei de financiamento do governo que o Congresso precisa aprovar até 23 de março para evitar uma paralisação.

 

Por Flávio Perez
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Direto da Redação / Por AP