O presidente da Câmara Federal americana, Paul Ryan (48), republicano do estado de Wisconsin, surpreendeu o mundo político, hoje, após duas fontes anunciarem que ele não será candidato a reeleição em novembro próximo. Um dos homens mais poderosos dos Estados Unidos, o primeiro a assumir o cargo de Presidente caso Trump e seu vice não pudessem mais comandar o país, Ryan foi o ex-candidato a vice presidente dos EUA, em 2012, na chapa com o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney. Segundo cientistas políticos, a decisão pode representar o receio do deputado de perder o comando da Câmara para os democratas, nas eleições de novembro.

O deputado federal aceitou relutantemente a liderança da Câmara em 2015 e nunca apoiou completamente o Presidente Donald Trump. No entanto, Ryan disse que sua decisão de não buscar a reeleição é motivada pelo desejo de passar mais tempo com sua família e não pela turbulência na Casa Branca. “O que eu percebo é que, se ficar aqui por um outro período, meus filhos só terão um pai de final de semana, eu não posso deixar isso acontecer”, disse ele. Esse, na realidade, é o mesmo discurso de quase todo político que deixa o cargo com medo de perder a reeleição.

Antes de assumir o comando da casa, Ryan disse apoiar o Dream Act e reforma imigratória, e que o congresso deveria aprovar novas leis de legalizacão de imigrantes. Desde que tomou o comando, no entanto, o deputado nunca levou projetos de legalização à votação.