Nos 10 primeiros dias desde que um trem da linha vermelha com 60 passageiros a bordo descarrilou em Dorchester, os funcionários da MBTA hesitaram em oferecer uma estimativa exata de quando o serviço completo seria restaurado, citando as complexidades da infraestrutura de sinalização.
Agora, está claro que o cronograma é de meses, não dias ou semanas, o que significa mais dores de cabeça em uma rota que vai de Braintree a Quincy, Dorchester, Boston, Somerville e Cambridge, com uma média de 240 mil viagens durante a semana.
No primeiro dia do verão, o gerente geral da MBTA, Steve Poftak, anunciou que os atrasos de 10 a 20 minutos na linha vermelha persistirão “pelo menos até o Labor Day”, em setembro. Isso significa um serviço mais lento para as pessoas que tentam ir para o trabalho ou para casa durante o verão, que contará com aumentos de tarifas a partir de 1º de julho.
“Nós entendemos o quão perturbador isso tem sido para passageiros”, disse Poftak em uma entrevista coletiva. “Nossa prioridade é melhorar o serviço, fazendo isso o mais rápido possível, mas fazendo isso da maneira mais segura possível”.
Algum progresso foi feito desde o descarrilamento de 11 de junho fora da estação JFK / UMass – os passageiros não precisam mais trocar trens para acessar a linha Braintree, por exemplo – mas como os bangalôs que abrigam o sistema de sinais sofreram danos consideráveis, as equipes da MBTA devem direcionar manualmente tráfego, e vai correr menos carros.
“Esses bangalôs são sistemas que essencialmente controlam a velocidade do trem, o espaçamento de trens, e até mesmo o lançamento de interruptores entre as filiais da Ashmont e da Braintree que nos permitem operar a linha vermelha todos os dias”, explicou o vice-gerente geral Jeff Gonneville.
Uma hora do “rush” padrão verá de 13 a 14 trens operando na linha vermelha a cada hora, mas no verão, o sistema só poderá acomodar 10. Assim, atrasos e multidões provavelmente virão com isso.
O principal desafio, segundo Poftak, é que os equipamentos danificados em alguns casos datam dos anos 70. Ele e Gonneville conversaram com repórteres em frente a uma mesa com exemplos da tecnologia afetada, apontando os danos e as peças especiais necessárias para a restauração.
As equipes estão usando todas as peças que podem por enquanto e estão em processo de encontrar materiais de reparo adicionais, mas isso não é uma tarefa fácil quando as peças têm várias décadas de uso.