Essa semana, o governo de Donald Trump anunciou que incluirá no formulário do Censo 2020 uma pergunta sobre cidadania americana. “Você é cidadão(ã) americano(a)?”, perguntará o formulário que conta o número de residentes em cada estado e em todo o país, a cada 10 anos. A controversa decisão do Presidente movimentou o secretário de estado de Massachusetts, Bill Galvin, e a Procuradora-Geral Maura Healey a dizerem, aqui no estado não. Em parceria com  Nova York, Connecticut, Delaware, Illinois, New Jersey, New Mexico, Oregon, Pennsylvania, Rhode Island e Washington, Healey anunciou que vai processar o Presidente naquilo que ela considera inconstitucional e um modo de impedir com que imigrantes sejam contados.

“O Censo é organizado a cada 10 anos para contar todo mundo. Essa decisão da administração Trump é ilegal, e vai resultar na exclusão de muitas comunidades em participar do programa, ameaçando verbas federais para cidades e estados”, disse. “Processaremos judicialmente para que o Censo resulte numa contagem real de todos os que moram em Massachusetts”, concluiu a Procuradora-Geral.

O Censo é organizado a cada 10 anos, mas há mais de 50 anos que a pesquisa não pergunta sobre cidadania ou status imigratório, apenas dados demográficos. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse à imprensa que a decisão se baseia na “necessidade de se contar corretamente o número de eleitores nos Estados Unidos”.

O congresso americano tem a “palavra final” na inclusão da pergunta ou não no Censo de 2020, e o governo Trump anunciou que enviará o pedido aos legisladores nas próximas semanas.