Eu adoro filme, alguns me emocionam de tal forma que sempre se repete na minha memória. Os filmes, “Nunca sem minha filha”, “Busca sem Limite”, “ Rezando para Bob” são filmes emocionantes por se tratarem da força feminina sem limite do amor materno pelos filhos.

A crença de que ser mulher é difícil nunca coube no meu dicionário, menos ainda de ser mãe. Ser mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação, do amor incondicional de encarnar a divindade na terra. Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães.

Certa vez quando um dos meus filhos se graduou em Direito, eu lhe agradeci o privilégio de ser sua mãe, quando ouvi a resposta mais bela em toda minha vida. “ Eu sou quem devo lhe agradecer o privilégio de ser seu filho, porque geralmente as mães tem filhos se quiser e quando quer, já os filhos não escolhe a mãe que deseja ter, e Deus me concedeu o privilégio de tê-la. O homem que eu sou hoje, devo ao seu amor sem limite, a sua rigidez disciplinar e toda minha formação intelectual”.

Sempre fui feminista de carteirinha, independente desde criança, filha única e, ainda adolescente perdi meus pais. Fui à luta em busca da minha felicidade, consciente que tudo só dependia de mim, queria sim construir minha família, mas na vida nem tudo é possível, e o tempo me ensinou que existem homens para “complemento”, e quando não há mais parceira, precisa ser descartado. Essa coisa de solidão a dois nunca combinou comigo, minha solidão eu curto sozinha, como nunca tive uma vida fútil e vazia, preenchi minha solidão com o que existia de mais importante: meus dois filhos.

Nesse mundo moderno, às vezes perverso pela mídia sorrateira que entra diariamente em nossas casas como profundo influenciadores de valores, tem trazido graves consequências na educação dos filhos, somado ainda o desleixo da mulher no seu papel principal de educar seus filhos. Em entrevista de um site americano, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter, autora do livro “O Conflito – A Mulher e Mãe”, fala sobre da possibilidade de escolhas que o mundo de hoje oferece a mulher, o que não deixa de ser um avanço substancial, porém essa sobrecarga afetaram profundamente no cumprimento dos seus deveres maternos.

O mundo inteiro tem assistido o comportamento rebelde de jovens nas escolas, nas universidades e nos meios sociais em que frequentam. As mães modernas delegam para as escolas a responsabilidade da educação dos filhos, quando na realidade essa responsabilidade é sua. A tarefa de educar, como dizia D. Bosco, é obra do coração, é obra do amor, está no papel da mãe ensinar aos seus filhos valores como honestidade, bondade, gentileza, respeito com as pessoas, humildade, caridade, obediência, tolerância, responsabilidade e disciplina. O líder indiano Mahatma Gandhi dizia que a verdadeira educação consiste em por a descoberta o melhor de uma pessoa. Para isso é preciso a arte de educar.

Diz o adágio popular que “palavras falam, mas o exemplo arrasta”. No meu caso, eu dei palavras e exemplo. Sempre trabalhei fora, estudei e me graduei em três cursos, fora outras especialidades. Meus finais de semana, feriados e folga eram eles minha melhor companhia, cobrança acirrada nos deveres da escola, nunca perdi uma reunião escolar, ainda que para isso fosse necessário fugir algumas horas do trabalho, ensinei-os valores como lutar pelos seus sonhos sem medo de fracasso, ser humilde e respeitado, coragem para se erguer nas quedas da vida, levantando também ao seu semelhante, estudar, sempre buscando conhecimento e liberdade para não se curvar as injustiças de poderosos inescrupulosos. Servir aos seus semelhantes e ser obediente aos princípios de Deus. O livro do Eclesiástico, capítulo 30, versículo 1, ensina aos genitores: “Aquele que ama o seu filho, corrige-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde”. Assim eu fiz, nunca me arrependi e hoje continuo vivendo e participando com eles cada etapa de suas vidas.