No início de 2015 eu decidi criar uma conta nas redes sociais. Primeiro no Instagram e, depois, no Facebook: It’s Fun to be a Mom (é divertido ser mãe). O nome foi escolhido porque quando engravidei do meu primeiro filho, o Daniel, eu só ouvia histórias ruins. “Gravidez é horrível, cansa, você não tem posição para dormir, estrias, estress, etc”. E quando o bebê nasce, o papo não muda muito não. Aliás, as coisas só mudam de proporção. “não deixa o bebê dormir nessa posição, amamentar causa isso ou aquilo, banho só depois de tantos dias”. Depois vem os pitacos na alimentação do bebê e, claro, no desfralde! Como o meu sonho sempre foi ser mãe, eu decidi investir em um espaço que mostrasse o lado leve e divertido da maternidade, além de falar sobre alimentação saudável e os lanches criativos que eu fazia para os meus filhos.

A conta era pública, mas como eu era uma recente mãe de dois, não consegui administrar o meu tempo para conciliar com a administração do perfil, moderar seguidores e nem muito menos pensar em geração de conteúdo. Fechei o perfil meses depois para o modo privado e me entreguei de corpo e alma ao papel que muitos dizem que foi feito para mim. Algumas pessoas insistiam que eu deveria abrir um negócio de lancheiras criativas, ou pensar dar aula sobre como fazer os filhos terem hábitos alimentares saudáveis. Afinal, esses eram os principais motivos que despertaram o interesse nelas quando começaram a me seguir. Fui amadurencendo a ideia e adorando ajudar mães e pais com dicas sobre alimentação. Saber que o filho de alguém tem dificuldades para comer certos alimentos, e que os pais querem reverter esse quadro soa como música para os meus ouvidos. Eu amo saber que posso ajudar alguém somente dividindo as minhas experiências.  Apesar de não ser nutricionista, apenas uma curiosa que é fascinada pelo o assunto, acho que cumpro esse papel razoavelmente bem com os meus dois sapecas.

Junto com o bebê chegam as inseguranças, os medos, as dúvidas. É um momento muito delicado onde precisamos de apoio, de amor e compreensão. Não sabemos nem a metade do que está por vir e a maioria delas vem como um furacão. A gente aprende levando porrada mesmo. O mundo seria muito melhor se as pessoas desse opinião na vida dos outros para acrescentar, ao invés de amedrontar ou criticar. Uma coisa eu aprendi depois que tive filhos, se o que eu for dizer não for acrescentar ou ajudar aquela pessoa, eu guardo para mim. Temos opinião sobre tudo e sobre todos, mas temos que aprender a guardá-las algumas vezes se não for adicionar nada de bom, não é mesmo? Amamentar foi uma das etapas mais complicadas para mim. No início eu não sabia nem o básico do básico. Aprendi praticamente tudo sozinha. E pitacos do tipo “leite materno é fraco”, “seus seios vão cair”, “a criança não vai dormir a noite toda porque você amamenta”, sem dúvida não me ajudaram em nada. Ainda bem que o efeito negative não fez efeito e eu acabei amamentando cada um deles durante 2 anos e meio.

Entendo perfeitamente que existe sim o lado exaustivo de criar filhos, mas eu SÓ ouvia coisas desanimadoras. E escutar esse tipo de opinião negativa não iria acrescentar nada nada na minha vida e nem iria mudar a minha decisão de ser mãe porque eu já estava grávida. Confesso que o que mais me chocou foi o “Enfia a chupeta na boca da criança para evitar morte súbita”. Meu bebê tinha dias de vida e eu ainda estava me recuperando do parto. Fiquei tão embasbacada que nem consegui reagir ao comentário completamente fora de hora. Não pesquisei sobre o assunto, e não saberia dizer se tem algum fundamento, mas sinceramente acho que não faz o menor sentido. Cheguei até a me questionar se eu não estava cercada das pessoas erradas. De repente eu estava, não é? Ou será que é aquela velha  mania de desabafar que as pessoas têm que só deixar escapar o que incomoda? Eu relutei e talvez por ter sido tão desmotivada, acabei me alegrando com as mínimas coisas. Curti demais colocar os meus filhos para dormir dançando com eles nos meus braços. Aproveitava ao máximo  cada passeio pelo bairro, tomando sol junto com eles, escutando os passarinhos e admirando a natureza. E me diverti bastante  fazendo os lanches para eles. Um dia era uma panqueca em formato de coelho da páscoa, no outro dia um lanche para escola em formato de Peru do dia de Ação de Graças feito de vegetais. Várias vezes fiz compras no supermercado baseada no que eu iria preparar para eles e a expectativa do que estava por vir era grande.

A gente tem dúvidas? Sim! Várias! A gente chora de exaustão? Sim, mas passa logo quando a gente recebe um abraço envolvido por aqueles bracinhos pequenos cheios de amor. É díficil? Nunca disse que era fácil. É muito difício e digo com firmeza que ter filho não é para qualquer um. Você precisa se doar, abrir mão de algumas coisas momentâneamente, e de outras, para sempre! 5 anos se passaram e as dúvidas, medos e desafios ainda existem, claro que em menor proporção… mas existe também a certeza de que tudo isso está sendo recompensado e administrado da melhor forma possível porque eu decidi e quero que seja divertido. Os perfis nas redes sociais finalmente voltaram à ativa, e dessa vez com o reforço de uma coluna na única revista bilíngue (Português/ Inglês) dos EUA, a Brazilian Magazine. E aquela mãe insegura e imperfeita que não conseguia achar tempo para dividir experiências no passado hoje está mais Madura, ainda mais falante, aprendendo diariamente a lidar com os percalços da maternidade com muito mais experiências e histórias para contar. E se você me perguntar se vale à pena passar por tudo isso, direi com todas as letras e bem alto: S-I-M  V-A-L-E  D-E-M-A-I-S! É a função mais desafiadora e prazerosa  da vida que faz a gente ser gratos e reafirmar diariamente que não poderíamos ter passado por essa vida sem vivenciar isso. O lado positivo e negativo das situações existem, cabe apenas a você enxergar os benefícios. Depende de você encontrar o lado divertido da sua história. Agora me conta, qual foi a coisa mais desafiadora e a mais divertida que maternidade/paternidade trouxe para a sua vida? Divide comigo aqui nos comentários! Ah, queria também convidar você para me acompanhar nessa aventura cheia de obstáculos e muita diversão no @its_fun_to_be_a_mom