Governo Trump nega asilo para vítima de violência doméstica

Marcony Almeida

U.S. Attorney General Jeff Sessions delivers remarks at a National Sheriffs' Association opioid roundtable in Washington, U.S., May 3, 2018.  REUTERS/Jonathan Ernst - RC1D7E6DA5A0

O Procurador-Geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, chocou o país, ontem (11), ao anunciar que violência doméstica não seria mais razão para asilo nos Estados Unidos. Sessions rejeitou uma decisão judicial da corte de imigração que concedeu asilo para uma imigrante de El Salvador que havia sido violentada sexualmente e fisicamente por seu marido.

Segundo Sessions, a administração do ex-Presidente Barack Obama oferecia “incentivos” para imigrantes virem ilegalmente ao país, e isso “estará acabando”. De acordo com números divulgados pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, sigla em inglês), os pedidos de asilo aumentaram de 5 mil casos, em 2009, para 94 mil, em 2016. “Vamos restaurar os princípios corretos para asilo e nossas leis de imigração”, disse o chefe do Departamento de Justiça americano.

Em sua decisão, Sessions escreveu que “uma imigrante pode sofrer ameaças e violência no exterior por um grande número de razões relativas a circunstâncias pessoais, social, econômica ou familiar. No entanto, a lei de asilo não oferece cobertura para todos os infelizes problemas”. Para a advogada Karen Musalo, que defendeu a imigrante no caso rejeitado pelo Procurador-Geral de Justiça, “essa decisão nos leva de volta aos dias mais escuros de violações de direitos humanos já vividos pela humanidade”.

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