Crianças nascidas no exterior de alguns pais americanos que servem nas forças armadas ou que trabalham para o governo federal não podem mais reivindicar automaticamente a cidadania americana, se seus pais moram nos Estados Unidos há menos de cinco anos, de acordo com uma nova política federal divulgada, ontem (28), pelo governo Trump.

Em vez disso, disseram as autoridades, esses pais devem solicitar a cidadania em nome de seus filhos antes de completarem 18 anos. O U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS), órgão que processa solicitações de cidadania, informou que estava cancelando uma regra que permitia que alguns membros dos militares e funcionários do governo transmitissem facilmente a cidadania a crianças nascidas no exterior, porque conflitava com outras políticas e leis federais.

A medida entra em vigor em 29 de outubro e se aplica apenas a crianças nascidas depois, disseram autoridades. O diretor interino do USCIS, Ken Cuccinelli, disse que a nova política não afeta as pessoas nascidas e criadas nos Estados Unidos. “Esta atualização de regra não afeta quem nasce cidadão dos EUA, ponto final”, disse Cuccinelli. “Isso afeta apenas crianças que nasceram fora dos Estados Unidos e não eram cidadãos americanos. Esta atualização de política não nega a cidadania aos filhos de funcionários do governo dos EUA ou de militares nascidos no exterior”.

A porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Carla Gleason, disse que “entende que o impacto estimado dessa mudança em particular é pequeno”. Ainda assim, mudar as regras provocou uma confusão generalizada na quarta-feira, em meio a preocupações sobre a ênfase do governo Trump em restringir a imigração, e em meio a temores de que funcionários federais e militares – incluindo aqueles enviados para bases militares ou países perigosos – talvez não tenham a capacidade de proteger seus próprios filhos.