Estado anuncia investigação contra empresas de “cigarros eletrônicos”

Marcony Almeida

JUUL

Com a proibição da venda de cigarros para menores e a suspensão da venda de produtos com nicotina em farmácias e outro estabelecimentos comerciais, a indústria do fumo tenta outras formas de continuar lucrando com o mercado. A moda, agora, é o “vaping” ou cigarro eletrônico, como é popularmente conhecido. Hoje (24), no entanto, as autoridades públicas de Massachusetts anunciaram investigação para punir os infratores que estão burlando a lei, e usando a tecnologia para vender o produto para menores de idade. A situação tem causado alarme nas escolas.

O JUUL é uma espécie de cigarro eletrônico vendido em formato de “flash ou pen drive” e com aromas de frutas e outros sabores que enganam a muitos que desconhecem o produto. O JUUL é vendido em lojas e na internet, facilitando assim a compra por menores de idade. O “cigarro” é, também, comercializado em formato de frutas e doces, e para os que desconhecem seu efeito não imaginam que o produto contém nicotina, muitas vezes com potência maior que os cigarros normais.

A Procuradora-Geral de Massachusetts, Maura Healey, anunciou que o órgão está investigando as empresas que comercializam no estado, e ordenou que parem a venda online imediatamente. De acordo com uma pesquisa apresentada pelo U.S. Surgeon General, em 2016, nos últimos cinco anos o uso do produto por jovens nas high schools aumentou 900%. Em Massachusetts, a pesquisa do Massachusetts Youth Risk Behavior, em 2015, mostrou que 50% dos alunos de high school disseram ter provado o cigarro eletrônico pelo menos uma vez. E o número de jovens consumidores tem aumentado a cada ano.

De acordo com a Procuradoria, o JUUL é tão perigoso que 200 inalações equivalem a um pacote de cigarros. E há ainda outros produtos cancerígenos. “Nosso trabalho a partir de agora é punir aqueles que estão se utilizando da tecnologia para violar a lei e ter lucro financeiro, além de abusar desses jovens”, disse a Procuradora-Geral, Maura Healey.

Para ela, é preciso uma mobilização geral de famílias, escolas e jovens para educar a todos sobre o risco de “vaping” e os danos que o produto, aparentemente inofensivo, causam aos consumidores.

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