Casos de sarampo nos EUA atingem o maior número em quase três décadas, diz CDC

Marcony Almeida

Sara

O governo americano alertou, hoje (30), que os Estados Unidos correm o risco de uma crise na saúde com o novo aumento no registro de casos de sarampo. Houve 971 casos no país este ano, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Isso significa que 2019, ainda nem na metade do ano, agora tem o maior número de casos em um único ano em quase três décadas.

O sarampo foi eliminado nos Estados Unidos em 2000, o que significa que deixou de ser transmitido continuamente no país. Mas casos foram relatados em 26 estados neste ano até o momento. Nova York foi o maior contribuidor para o infeliz marco deste ano, com quase 700 casos de sarampo registrados no estado. A maioria desses casos ocorreu em comunidades judaicas ortodoxas com baixas taxas de vacinação.

O número de casos em 1994 foi 963, o que foi menor do que em 1992, quando havia 2.237 casos. “O sarampo é evitável e a maneira de acabar com esse surto é garantir que todas as crianças e adultos que podem se vacinar sejam vacinados. Mais uma vez, quero tranquilizar os pais de que as vacinas são seguras, elas não causam autismo. O maior perigo é a doença que a vacinação impede”, disse à imprensa o diretor do CDC, Dr. Robert Redfield.

O condado de Clark, no estado de Washington, teve o segundo maior surto no país este ano, com mais de 70 casos registrados. O município tem baixas taxas de vacinação. “Se esses surtos continuarem durante o verão e o outono, os Estados Unidos poderão perder o status de eliminação do sarampo. Essa perda seria um grande golpe para a nação e eliminaria o árduo trabalho feito por todos os níveis de saúde pública. A meta de eliminação do sarampo, anunciada pela primeira vez em 1963 e cumprida em 2000, foi uma tarefa monumental”, disse a agência em comunicado.

Antes do uso disseminado da vacina contra o sarampo, estima-se que 3 a 4 milhões de pessoas contraiam sarampo todos os anos nos Estados Unidos, juntamente com uma estimativa de 400 a 500 mortes e 48 mil hospitalizações. “A eliminação do vírus é atribuída à vacinação generalizada contra sarampo, caxumba e rubéola e uma forte infraestrutura de saúde pública para detectar e conter sarampo”, segundo o CDC.

“Sua decisão de vacinar protegerá a saúde de sua família e o bem-estar de sua comunidade”, lembrou o Dr. Redfield. “O CDC continuará trabalhando com os profissionais de saúde pública em todo o país para acabar com este surto”.

Os casos nos Estados Unidos acontecem devido a viagens internacionais e, em seguida, surtos locais começam quando a doença altamente contagiosa se espalha para aqueles que não são imunes ao vírus da vacinação ou que se recuperaram do sarampo. Com a movimentada temporada de viagens de verão prestes a começar, há preocupação com a continuação da importação de sarampo entre turistas.

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